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Geral

Soja futura tem baixa de até 10,4%

Acrissul - 06 de julho de 2005 - 13:50

Os futuros do complexo soja acumularam forte baixa na última semana de junho na Bolsa de Chicago (CBOT), com movimento intenso de liquidação de posições compradas pelos especuladores. Os pregões foram marcados por alta volatilidade em junho, período de finalização do plantio da safra dos Estados Unidos, quando se estabelece o "mercado climático", que perdurará até a colheita. O grão para julho acumulou baixa de 71,00 cents (-9,5%) na última semana de junho, e o para novembro perdeu 79,75 cents (-10,4%). O contrato para julho fechou em US$ 6,7350 por bushel, ante US$ 7,4450/bushel na sexta-feira anterior, 24 de junho. A performance negativa foi semelhante nos demais contratos do grão, e também nos de farelo e óleo.
Os fundos haviam acumulado excessivo posicionamento de comprado nas três primeiras semanas do mês, estimulados pela seca, que ameaça a safra nova dos EUA, e precisavam descarregar parte dessas posições. A derrubada dos preços começou na segunda-feira, dia 27, ao menor sinal da meteorologia de que o clima poderia melhorar no Meio-Oeste americano antes do período crítico da safra, em agosto.

DIA NEGATIVO

A segunda-feira, dia 27, foi extremamente negativa, com baixa de 50 cents no fechamento da CBOT - o limite diário permitido de oscilação. No fim da tarde do mesmo dia, o Departamento de Agricultura (USDA) informou recuo de quatro pontos porcentuais no grupo de lavouras em boas condições, a 59%. Os dados do USDA foram ignorados, os fundos mantiveram a liquidação e a baixa de terça-feira foi de cerca de 30 cents.

Após uma trégua na quarta-feira, os futuros perderam mais 20 cents na quinta-feira, com mais vendas especulativas. O relatório do USDA afinal veio altista, mas os traders ignoraram as informações e derrubaram os futuros com base em mais boletins de clima, que apontavam boas chances de chuva nos EUA na primeira semana cheia de julho. Na sexta-feira, os futuros do complexo soja fecharam em alta na CBOT, com recuperação de parte das perdas da semana, e ainda com suporte de base da seca a leste dos EUA. As perdas de quinta-feira, pelo menos, foram resgatadas.

O mercado interno de soja permaneceu travado durante quase toda a última semana de junho, com poucos negócios e preços irregulares. Não foi possível resistir às perdas monumentais em Chicago, com pressão adicional do câmbio, e os preços marcaram fortes baixas. As cotações da soja brasileira caíram entre 10% e 12% na maior parte das principais praças de comercialização do País. No dia 1º de julho, o dólar fechou em R$ 2,3570, similar ao de abril de 2002.

Fonte: Jornal O Estado de São Paulo

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