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Sobre Stock Car, editor reclama até do jornal que passa antes da novela em MS

Ângela Kempfer, Campo Grande News - 11 de setembro de 2015 - 17:12

É duro ouvir desaforo de quem vem de fora, mesmo que muitas reclamações procedam. É igual família, só quem pode falar mal é parente. Mas antes de partir para a ignorância, entenda que esta matéria fala, especificamente, do autódromo de Campo Grande.

Texto publicado na página da Red Bull, patrocinadora oficial da Stock Car, avacalha com a prova realizada aqui. O editor Bruno Vicaria preparou um guia para quem nunca esteve na pista de Campo Grande e dá dicas do tipo evitar tênis claro, por conta da poeira, usar bermuda e não esquecer dos óculos escuros.

O material começa com um “No meio do nada”, chiando pela distância do Centro e também por não estar no eixo São Paulo - Paraná - Rio Grande do Sul (só pra lembrar, tem prova até em Goiânia). “O circuito fica em plena rodovia BR-262 e bem longe do centro de Campo Grande - no meio do nada, o que não facilita literalmente em nada as coisas” (como se aqui na cidade alguma coisa fosse longe).

Bem, a reclamação continua por causa da internet ruim no local, que só vinga via satélite, “custa caro e rende pouco” (se ele soubesse que só no presídio o sinal é 100%..).

O fato de proibir bebidas alcoólicas é mais um motivo para achar a pista o “ó”. Por lá, não dá, por exemplo, para misturar Red Bull com vodka, porque álcool é proibido no autódromo, já que fica em uma rodovia e ninguém gosta de tragédias na estrada.

Em uma cidade que se orgulha pela arborização, o editor lembra que lá pelas bandas da pista não há sinais de natureza (é verdade, não sobrou nem uma sibipiruna). Ele também avisa que o calor fica “normalmente acima dos 30ºC” e que “o tempo seco e a poeira gerada pelo terrão ao redor da pista fazem a prova parecer ser realizada em um deserto” (o que para o Rally Paris Dakar é puro glamour). E olha que o cara teve a sorte de pegar temperatura bem amena nos últimos dias.

Em alguns pontos, ele abusa da nossa boa vontade de anfitrião. O editor diz que o fuso horário “deixa a cabeça de quem trabalha maluco” (poxa, é só uma horinha de diferença em relação a São Paulo).

Mas o lance deve ser o medo de perder o horário da divulgação da prova na Globo. “Uma vez que existe a programação no horário local e a mesma convertida para o horário oficial, que é uma hora à frente. Em Campo Grande, o Jornal Nacional passa antes da novela das sete, uma loucura!”, protesta.

Sobre o traçado, ele resume como “simples, mas difícil” (eu que não entendo nada de Stock Car fiquei confusa).

Por fim, ele morde, depois assopra: “Pela falta de espaço nos boxes, as equipes montam tendas provisórias para acolher suas estruturas. O clima informal criado por isso deixa as coisas bem legais”.

Que bom, pelo menos nesse quesito vai se divertido.

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