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Geral

Só 5 agentes cuidavam de presos quando motim começou

Marta Ferreira e Nadyenka Castro/Campo Grande News - 20 de abril de 2008 - 20:11

Havia 94 e não 76 visitantes o Centro de Triagem do complexo penitenciário de Campo Grade, onde presos fazem um motim desde às 13h de hoje. A contagem é dos agentes penitenciários que atuam no local e diverge da que havia sido apresentada pela Polícia Militar, que está negociando com os presos. Ainda segundo informações do Sindicatdos Agentes Penitenciários, havia cinco deles fazendo a guarda dos presos, quando o necessário seriam pelo menos 15.

Um dos funcionários, o oficial penitenciário identificado apenas pelo primeiro nome Abdulone, está sendo mantido refém desde que a rebelião começou. Dos visitantes, só uma mulher, grávida de quatro meses, foi libertada.

Um preso é apontado como líder da ação dos detentos, Augusto César Souza. Pelo que a reportagem apurou, Souza é ex-integrante da facção criminosa PCC, com a qual teria contraído dívidas. Ele teria planejado fugir da unidade, pela porta da frente, e como não deu certo, ele e outros cinco deram início ao motim. Pegaram o oficial penitenciário como refém e tentaram pegar os outros dois que estavam de plantão.

Souza chegou na Máxima no dia 8 de março de 2007, vindo da Polinter, e no dia 30 de janeiro foi transferido para o Instituto Penal de Campo Grande, voltando para a Máxima no dia 11 de fevereiro. O detento está no Centro de Triagem desde 22 de fevereiro, conforme informações de sua ficha. Ele teria sido transferido da Máxima para o Centro de Triagem porque corria risco de morte, justamente por conta das dívidas contraídas junto à facção criminosa.

Homens da Tropa de Choque, um dos grupos da PM (Polícia Militar) que integram a Cigcoe (Companhia Independente de Gerenciamento de Crises e Operações Especiais) entrou no Estabelecimento Penal de Segurança Máxima para garantir a saída dos visitantes que estão no local com segurança.

Policiais do mesmo grupo também entraram no Centro de Triagem, em menor quantidade. O local está sem água e sem energia, tática comum da polícia nesse tipo de negociação.

A advogada do preso considerado líder do motim, Isleide Veloso Augusto, está no local, e uma das exigências do grupo é que ela entre para negociar. Por enquanto, a negociação é feita via telefone, por um oficial da Cigcoe.


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