Deve ser publicada hoje a instrução normativa que estica de 40 para 90 dias o prazo mínimo para permanência dos animais no Sisbov (Sistema Brasileiro de Identificação de Origem Bovina e Bubalina). A informação foi dada pelo secretário de Desenvolvimento Rural e Cooperativismo do Ministério da Agricultura, Marcio Portocarrero, à Agência Estado.

O prazo valerá para os animais abatidos em áreas não habilitadas para exportação para a União Européia. O Sisbov é um banco de dados que reúne informações sobre os animais cuja carne será destinada ao mercado europeu.

A mudança não entrará em vigor imediatamente. Isso porque, explicou Portocarrero, o governo decidiu atender a um pedido dos pecuaristas e dar um prazo de espera de 45 dias para que a nova exigência passe a vigorar. O presidente do Fórum Nacional Permanente de Pecuária de Corte da Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA), Antenor Nogueira, defendeu o prazo de espera. O temor era que a mudança prejudicasse o comércio, pois muitos pecuaristas têm lotes de animais para abate no curto prazo.

A alteração atende a uma exigência da União Européia. "A decisão vai atender exigências da auditoria da União Européia no sistema de defesa sanitária do Brasil e garantir maior presença do País no mercado internacional de carne bovina, demonstrando a qualidade do produto nacional", disse o representante da CNA. Veterinários europeus concluíram, na primeira quinzena de setembro, uma vistoria no sistema de produção e em frigoríficos registrados para exportação. Sete Estados foram visitados.