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Geral

Sipam: Diretor diz que americanos estão fora do sistema

Eduardo Mamcasz /Rádio Nacional-ABr - 21 de março de 2005 - 08:09

O diretor-geral do Sistema de Proteção da Amazônia (Sipam), Edgard Fagundes, garantiu que o Brasil detém "total domínio" sobre o sistema desenvolvido pela empresa Raythion, nos Estados Unidos. "Ele é operado cem por cento por nós e não há qualquer intervenção de
americanos", disse o diretor na primeira reportagem da série "Amazônia -Terra Cobiçada" que começa a ser veiculada hoje (21) nas rádios Nacional da Amazônia e de Brasília, com a sonora disponibilizada na página da Agência Brasil.

"Não é verdade que existam níveis de acesso às informações diferenciadas e que o Brasil teria limitações nisso", assegurou Fagundes ao ser questionado sobre a existência de 12 níveis
de acesso ao uso do Sipam/Sivam (proteção/vigilância). Qualquer informação, estratégica ou não, sobre a Amazônia, conseguida através dos sofisticados equipamentos, "precisa passar por nós para ser liberada", disse ele.

Ao ser questionado se isso acontecerá caso a Amazônia seja invadida, o diretor respondeu:"Sem dúvida. Nós temos hoje nas Forças Armadas nossos grandes parceiros . As Forças Armadas atuam junto conosco na Amazônia. A Amazônia é uma questão de soberania. Eu diria que, com o
advento do Sivam/Sipam, o Brasil pode, com muita tranqüilidade, dizer que tem total domínio sobre a região."

Os pelotões de Fronteira do Exército na Amazônia já estão ligados por meio de um "terminal de usuário" que permite o uso da internet pelo satélite. Além disso, o Comando Militar da Amazônia já está de posse de "mapas atualizados e equipamentos de comunicação para ir a campo", disse o diretor do Sipam.

Ele acrescentou que o mesmo acontece com a Polícia Federal e com os aviões da Força Aérea Brasileira que atuam na região. "Nós estamos limitados ao território brasileiro", advertiu. Mas lembrou em seguida: "as aeronaves operadas pela Aeronáutica, elas podem, sem
invadir o espaço aéreo dos países vizinhos, detectar objetos móveis, aviões e navios, mas isto não tem sido objeto de ação, hoje. Sabemos que os países vizinhos têm o maior interesse no intercâmbio de informações, já nos fizeram visitas, mas não existe nada ainda."

Na parte das atividades civis, desenvolvidas com o apoio dos equipamentos do Sipam, o diretor Edgard Fagundes, destacou as "ações contra desmatamentos incipientes" na Amazônia, a fim de alertar os fiscais do Ibama, o mesmo acontecendo com relação às queimadas. Fagundes
lembrou ainda o auxílio do Sipam no "cadastro fundiário" de terras a partiro "geo-referenciamento" por satélite e aviões com radares especiais, que repassam as informações para o Incra.

Sobre o levantamento do subsolo da Amazônia, feito a partir de satélites, o diretor explicou que o Sipam tem hoje no banco de dados todos os mapas geológicos da região". Além disso, auxilia no combate aos garimpos ilegais na região. "Detectamos esses garimpos nas imagens do satélite, cruzamos essas informações com o banco das áreas legalmente ocupadas pelas minerações e aquelas ilegais são passadas para o Departamento Nacional de Pesquisas Minerais",
completou.

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