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Síndrome neurológica no Maranhão já matou 13 pessoas

Isabela Vieira/ABr - 05 de julho de 2006 - 06:34

Subiu para 13 o número de mortes no Maranhão em decorrência de uma síndrome neurológica de origem não determinada. A doença foi detectada no começo do ano e existem casos em 16 municípios do estado. De acordo com a Secretaria de Saúde do Maranhão, oito pessoas estão internadas no Hospital Municipal de Imperatriz, a 637 quiômetros da cidade de São Luís, com suspeita de estar com a doença. Os dados do Ministério da Saúde apontam 55 casos suspeitos da síndrome no Maranhão.

No último final de semana, o ministério enviou ao estado uma equipe de médicos neurologistas para integrar a equipe de pesquisadores do ministério, das secretarias estadual e municipais de Saúde que investigam as mortes. Desde o início de junho a equipe de técnicos está no local. O superintendente de Epidemiologia da Secretaria de Saúde do Maranhão, Henrique Jorge, disse que a pesquisa está em andamento. "Já colhemos amostras de sangue dos contaminados e as enviamos para laboratórios, mas os laudos ainda não chegaram".

Entre as hipóteses que explicam a causa da doença está a carência nutricional, principalmente de vitamina B1, que pode se agravar com o uso de bebidas alcoólicas, conforme explicou o diretor de Epidemiologia do Ministério da Saúde, Expedito Luna. "A dieta insuficiente em vitamina B1 leva à deficiência de vitaminas no organismo. A falta de vitaminas é agravada com o uso crônico de álcool, que diminui a absorção desses nutrientes", explicou.

O superintendente da Secretaria de Saúde do Maranhão, Henrique Jorge, informou que a doença não é fatal e que as pessoas que morreram com a síndrome chegaram aos hospitais com os sintomas em estado avançado. Para o superintendente, a falta de atendimento médico de qualidade prejudicou a situação dos doentes. "A maioria das pessoas morava em áreas rurais e chegou aos hospitais em estado grave. Não é a doença que é perigosa, perigosa é falta de assistência médica na zona rural", afirmou.

Jorge disse ainda que a secretaria de estado faz campanhas educativas para orientar as pessoas a procurar imediatamente um hospital ao sentir sintomas como inchaço, formigamento e sensibilidade nas pernas, além de fraqueza. Ele informou que resultados preliminares comprovaram que a doença não é transmissível. O ministério não confirmou a existência de casos suspeitos da síndrome em outros estados, além do Maranhão.

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