O Sindijus (Sindicato do Poder Judiciário de Mato Grosso do Sul) anunciou que irá paralisar as atividades no Judiciário caso a entidade não apresente resposta às reivindicações dos trabalhadores.

Segundo o presidente da entidade, Noestor Jesus Ferreira Leite, há uma pauta de reivindicações feita pelos funcionários. Nela, há pedidos de caráter econômico, relacionados aos benefícios dos trabalhadores, atribuição de funções, formação e qualificações de profissionais, reajuste salarial de 17% e reforma no plano de cargos e carreiras.

De acordo com o Sindijus, na primeira reunião realizada com o TJ no dia 12 de março (Tribunal de Justiça), houve avanços nas negociações. Mas, em abril as reivindicações da entidade deixaram de ser atendidas.

Noestor explica que um dos principais pedidos da categoria era a criação de uma comissão que decidisse sobre os planos de cargos e carreiras. Mas, ele afirma que a publicação no Diário da Justiça de ontem estabeleceu a comissão especial sem a participação de um representante dos trabalhadores. “Isolaram o sindicato”, reclama o presidente.

Para os trabalhadores, a negociação deve considerar todas as reivindicações expressas na pauta entregue ao TJ. O sindicato alega que a revisão dos salários, de benefícios e do plano de cargos e carreiras é justificada pelo fato de que de 2001 a 2008, o número de processos aumentou mais de 130%. “E o número de servidores subiu apenas 36%”, justifica o presidente da entidade.