O ex-secretário-geral do PT Sílvio Pereira negou, em seu depoimento à Comissão Parlamentar Mista de Inquérito dos Correios, que tenha tido controle total sobre as nomeações de cargos públicos na esfera federal, respondendo às perguntas do relator da comissão, deputado Osmar Serraglio (PMDB-PR). Disse que coordenou cinco mil nomes e os encaminhou ao governo, o qual escolheu seus preferidos para nomeação. Contou ainda que era sempre o governo que processava as indicações de cargos públicos e não ele. Disse que houve apenas a indicação de um conjunto de nomes repassado para o governo e que os ministros montaram suas pastas de acordo com seus critérios.

Apesar das insistências do relator na tentativa de obter respostas mais específicas de Sílvio Pereira, o depoente generalizou suas colocações. Disse que nunca participou da formatação das grandes diretorias de empresas estatais, desmentindo assim as informações segundo as quais teria participado da indicação das diretorias dos Correios, bem como das de Furnas. Afirmou também que não tinha esse "nível de influência e de decisão" que vem sendo comentado pela imprensa e na CPI.