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Sexta-feira, 13 de agosto, carrega muita superstição e misticismo

Tribuna do Interior - 13 de agosto de 2010 - 12:45

O dia de hoje para os místicos e supersticiosos é muito especial, afinal trata-se, nada mais nada menos, de uma sexta-feira 13, e no mês agosto! Azar para uns, sorte para outros. O mito desta data vem acompanhando o homem desde a antiguidade. A superstição existe em todo o mundo e não é para menos. A última que vez que isso aconteceu foi no ano de 2004, e veio acompanhado de catástrofes naturais e acidentes por todo o mundo.

A crença de que o dia 13, quando cai em uma sexta-feira, é dia de azar, é a mais popular das superstições. O número 13, ligado a uma sexta-feira e ao mês de agosto, segundo as crenças populares, está associado às forças malignas as quais, desde a antiguidade, muitos acreditam e temem. Entre eles, os bicheiros, que não aceitam apostas no galo (13) no dia de hoje.



Data temida

Para Videte Maria Teixeira Sonsin, proprietária da única loja de artigos místicos e religiosos de Campo Mourão, a sexta-feira 13 pode não ser temida por todos, mas é “respeitada” pela maioria das pessoas. “Mesmo aqueles que não se consideram supersticiosos, no fundo, ficam amedrontados com essa combinação, querem que o dia passe rápido, para ficar mais leve, aliviado. É melhor não correr os riscos”, comenta.

Ela conta que as pessoas a procuram com as “receitas” para resolver suas aflições ou pagar alguma promessa. Ressalta ainda que respeita todo o misticismo que envolve esses ritos, mas não ‘mexe’ com essas ‘coisas’. Prefere deixar para quem sabe. Videte diz que sua loja funciona como uma farmácia. “Os clientes recebem a lista de produtos de seus ‘gurus’ e vêm adquiri-los. Em muitas ocasiões, contam seus problemas e pedem conselhos para comprar o material certo, para não errar na dose.”

Mesmo alegando ser católica convicta, inclusive faz parte do Apostolado da Oração, Videte conta que abriu sua loja de produtos religiosos, especialmente destinados aos cultos africanos, como umbanda e candomblé, em 1972. “Na época foi um escândalo, muitas pessoas não passavam sequer na porta da loja. Coloquei o nome de Bazar Saravá, mas logo tive de mudar, porque o nome chocava as pessoas”, explica.



Jogos e loterias

Dizem que o número 13 traz maus presságios, assim como o mês de agosto, entretanto, para muitos é carregado de sorte. Para alguns supersticiosos esse número mágico traz sorte, especialmente no jogo. Por isso, a superstição sempre fez parte da história dos jogos de azar. Segundo a Caixa Econômica, ele já apareceu 111 vezes no sorteio da Mega-Sena, sendo o 8º número que mais apareceu entre as dezenas sorteadas.

Preocupados com essas coincidências, as bancas que recebem apostas para o tradicional “jogo do bicho”, não aceitam, no dia de hoje, apostas simples ou combinados que contenham as dezenas do galo (13). João Basseto, há 30 anos anotando os palpites de seus clientes, em Peabiru, diz que o número de jogadores aumenta muito nessas datas especiais. “No dia de hoje a banca não aceitará jogos no grupo, dezena, centena ou milhar do galo (49, 50, 51, 52), e nem na dezena 13 da borboleta” avisa. “Vai que sai o número que todos querem jogar aí, a banca quebra”, conclui Basseto.



Sorte

A combinação de datas no calendário tem sido um fator de sorte para Videte, que já tinha quatro filhas e queria muito um filho. “Ele veio em uma data muito especial. Em uma lua minguante, em um ano bissexto, e numa sexta-feira 13 de agosto. Mesmo com todos esses fatores desfavoráveis, ele tem uma vida maravilhosa e pode se considerar uma pessoa de sorte”, conta.

O aposentado, Onofre Dias de Oliveira, 67 anos, de Campo Mourão, estava fazendo a sua aposta para o concurso da mega-sena em casa lotérica da cidade. “Fiz uma combinação de números no grupo do galo, representado pelo número 13, para aumentar as chances de ganhar” confessa. “A única vez que já ganhei em uma loteria, foi um valor pequeno, mas me ajudou na época, foi com números relacionados à dezena 13”, conclui.



Superstições

A comerciaria Vaneslem Marcondes, 22 anos, de Peabiru, se considera uma pessoa “extremamente” supersticiosa. “Mesmo quando tenho certeza, prefiro não me arriscar” comenta. “Evito passar debaixo de escadas, não gosto de ver gato preto, não me olho em espelho quebrado, bato na madeira para espantar o azar e evito muitas outras situações. Tenho receio de tudo e faço o que for possível para me proteger”.

Vaneslem confessa que acredita muito em sonhos, horóscopo e previsões, inclusive naquelas feitas por cartomantes. “Quando visito uma vidente tenho muita fé nas suas previsões. Por confiar e acreditar muito nelas, muitas vezes até modifico a minha rotina de vida. É para evitar as coisas ruins ou antecipar as coisas boas que estão por vir. Acabo por me adaptar às previsões, boas ou más” explica.

Na opinião dela, o mês de agosto é um período complicado e a sexta-feira 13, é um dia perigoso, por isso tem de fazer tudo com muita cautela. “É preciso muitos cuidados, não faria nada que dependesse de sorte. Jogar na loteria, então, nem pensar. Seria perda de tempo e dinheiro, porque a sorte não vem em um dia desses. Prefiro torcer para que o dia passe bem rápido, para ficar livre logo”, conclui Vaneslem.



Origem da data

O mês de agosto é conhecido como o mês do desgosto. Uma pequena retrospectiva pode constatar diversos acontecimentos, entre eles, acidentes, guerras, catástrofes que aconteceram durante este mês. A 1º Guerra Mundial, em 1914; a Segunda Guerra, em 1939; a explosão das bombas de Hiroshima e Nagazaki, em 1945; o suicídio do presidente do Brasil, Getúlio Vargas, em 1954; a queda de um avião em Goiás que matou 24 pessoas em 1952; morte do ex-presidente Juscelino Kubitscheck em 1976 e muitas outras catástrofes naturais e sobrenaturais. As portuguesas evitavam se casar em agosto, pois, para elas, era certo que ficariam viúvas ou seriam infelizes.

Já o número 13, por representar a morte segundo o Tarot, é bastante temido e de uma forma geral é encarado como de mau presságio. Associado a degeneração e a destruição física, inconscientemente as pessoas têm uma reação negativa em relação esse número. Em função da força emanada do número 13, é bom lembrar eventos ligados ao mesmo, de extrema importância: o número 13 é preservado nas medidas da grande pirâmide do Egito; os apóstolos foram 12 e o Cristo, representa o número 13, a iluminação; para a civilização maia, os 13 tons galácticos do seu calendário, representam as 13 articulações principais do corpo humano.



Por Ari Mendonça, da Redação

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