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Severino decide até quarta se sai ou fica

Nelson Motta/ABr - 19 de setembro de 2005 - 07:02

O presidente da Câmara, Severino Cavalcanti, passou o domingo em casa na península dos Ministro em Brasília (no bairro Lago Sul), onde recebeu para uma feijoada amigos, parlamentares aliados e políticos de Pernambuco. Ele aproveitou a ocasião para discutir a decisão que deve tomar até quarta-feira: se renuncia ou se fica no cargo. Severino ainda cogita um afastamento temporário da presidência da Câmara.

Segundo o deputado Feu Rosa (PP-ES), que conversou com os jornalistas ao deixar a casa, o afastamento do cargo não está sendo cogitado. "A maior parte das pessoas acha que ele não deveria fazer isso", afirmou.

Se não renunciar, Severino Cavalcanti poderá enfrentar processo de cassação por quebra de decoro parlamentar. Os partidos de oposição protocolaram no Conselho de Ética, na semana passada, o pedido de cassação do deputado. Ele é acusado pelo empresário Sebastião Buani de ter cobrado propina para prorrogar a autorização de funcionamento do restaurante do empresário no Anexo 4 da Câmara, o chamado "mensalinho".

Também se reuniram com o Severino os deputados Ciro Nogueira (PP-PI), corregedor da Câmara, Vagner Lago (PP-MA), João Caldas (PL-AL), o presidente do partido, Pedro Corrêa (PE), Nilton Capixaba (PTB-RO) e Pedro Canedo (PP-GO).


No final do dia, ao chegar a casa de Severino, o advogado José Eduardo Alckmin, responsável pela defesa do presidente da Câmara, disse que, até quarta-feira, o deputado tomará uma decisão sobre seu futuro. "Ele pode renunciar ou permanecer no cargo, ou se afastar temporariamente da presidência da Câmara", explicou.

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