Acuado por denúncias de corrupção, o presidente da Câmara dos Deputados, Severino Cavalcanti (PP-PE), garante que comunica ainda hoje que decisão vai tomar: se persiste no cargo, pede afastamento ou renuncia o mandato para fugir do iminente processo de cassação. Mas seja qual for a decisão, apenas amigos próximos e a alguns dos seus aliados ficarão sabendo nesse domingo.

A informação é do deputado Ciro Nogueira (PP-PI), publicada na edição de hoje do jornal Folha de São Paulo. "Ele disse que domingo diz aos amigos e a alguns aliados sobre qual é a sua decisão." Nogueira é corregedor da Câmara dos Deputados e afilhado político de Severino.

O presidente da Câmara é acusado de haver extorquido o proprietário de um restaurante instalado no prédio do Congresso para renovar o contrato de aluguel. O valor do “mensalinho” de Severino era de R$ 10 mil em 2003.
Em reunião com amigos, ontem, em sua casa, Severino sugeriu que tentassem articular um nome para sucedê-lo no posto, de preferência com o aval do Palácio do Planalto. A intenção de Severino é assegurar que o próximo presidente da Casa seja um aliado, o que facilitaria a sua defesa no caso de ele, apesar de renunciar à presidência, tentar manter seu mandato.

"Ele deve renunciar ou se afastar do cargo para se dedicar exclusivamente ao mandato e se defender desse bandido", disse o deputado Benedito Dias (PP-AP), em referência ao empresário Sebastião Buani, autor da denúncia do "mensalinho". Com informações da Folha On Line.