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Severino: café com Lula não foi para selar a paz

05 de maio de 2005 - 13:05

O presidente da Câmara, Severino Cavalcanti (PP-PE), descartou hoje as avaliações de que o encontro no Palácio do Planalto com o presidente Lula para um café da manhã seria uma espécie de reunião para selar a paz entre o Executivo e o Legislativo, além de firmar o compromisso do pernambucano com a base aliada.

"Nunca tivemos guerra. Sou o presidente da Câmara e ele é o presidente do Brasil. Temos que ter um bom relacionamento. Não estou aqui para fazer guerra. Se tenho uma posição e ele outra, vamos conversar.

Não vamos nos engalfinhar", disse. Severino também negou ter discutido com o presidente Lula a indicação de aliados para a Diretoria de Exploração da Petrobras. A indicação, que nos bastidores é considerada uma escolha pessoal do presidente da Câmara, está sendo negociada pelo presidente nacional do PP, Pedro Corrêa (PE), e pelo líder dos progressistas na Câmara, José Janene (PR).

"Este assunto está sendo tratado pelo presidente do partido e pelo líder", afirmou Severino após o café com Lula. No encontro, Severino explicou ainda ao presidente Lula a insatisfação da Câmara dos Deputados com o excesso de medidas provisórias, o que surtiu efeito: segundo o deputado, Lula vai reduzir o número de medidas provisórias para não atrapalhar mais as atividades do Parlamento.

"O presidente se comprometeu a mandar menos MPs. Está comprometido com o que for somente urgente e relevante", afirmou. Outro tema do encontro foi a proposta de alterações na política econômica do governo. Severino entregou ao presidente o estudo realizado por um colegiado de parlamentares com sugestões de mudanças na condução da macroeconomia.

"Ele ficou de examinar", limitou-se a dizer. Quanto às críticas sobre os juros, Severino afirmou que o presidente não lhe fez nenhum pedido para reduzir as reclamações. "Ele não pode determinar nada, nem pedir. Eu tenho uma posição. E eu lá preciso da concordância dele?", disparou.

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