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Setor leiteiro receberá medidas emergenciais do governo
A Secretaria de Produção e Turismo deve encaminhar nos próximos dias medidas emergenciais para tentar minimizar a crise vivida pelos produtores de leite de Mato Grosso do Sul. Dentre as ações explanadas pelo titular da pasta, Dagoberto Nogueira Filho, está a recuperação do EGF (Empréstimo do Governo Federal), mais reduções na alíquota do ICMS (Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços), melhoria na infra-estrutura básica (como estradas e energia) e o ajuste simultâneo da pauta do leite e derivados praticada no mercado.
As medidas foram anunciadas durante reunião, na manhã de hoje, entre Nogueira Filho e representantes da Câmara Setorial do Leite (formada por empresários e produtores do setor). Os presentes reavivaram as discussões sobre a EGF, que foi cogitada em novembro de 2005. O secretário informou que, em contato com a Superintendência Regional do Banco do Brasil, soube que há em caixa R$ 10 milhões para este fim. Com a contratação dos valores, espera-se permitir aos laticínios estocar o produto e o retorno ao mercado na oportunidade em que for reduzida a oferta.
Preço baixo De acordo com a assessoria da Seprotur, os produtores queixam-se das alíquotas do ICMS, embasando-se no fato de que alguns Estados (como São Paulo e Rio Grandeo do Sul) o valor do imposto chega a 0%. Adriana Mascarenhas, coordenadora da Câmara Setorial do Leite, defende que o governo tem baixado os impostos para os laticínios, porém eles não repassam esse incentivo aos produtores.
Os produtores alegam que, em um ano, o produto desvalorizou-se até 50%: enquanto em 2004 o leite chegou a ser vendido por R$ 0,45 o litro, o valor atual seria de R$ 0,24. Mas já existem indústrias pagando até R$ 0,18 por litro, apontou o secretário. O empresário Carlos Rosso, por sua vez, sustentou que a crise também está no mercado final. Basta observar quanto as grandes redes de supermercado estão pagando, afirmou.