Cassilândia Notícias

Cassilândia Notícias
Cassilândia, Sexta, 19 de Abril de 2024
Envie sua matéria (67) 99266-0985

Geral

Setor leiteiro receberá medidas emergenciais do governo

Humberto Marques / Campo Grande News - 18 de janeiro de 2006 - 15:44

A Secretaria de Produção e Turismo deve encaminhar nos próximos dias medidas emergenciais para tentar minimizar a crise vivida pelos produtores de leite de Mato Grosso do Sul. Dentre as ações explanadas pelo titular da pasta, Dagoberto Nogueira Filho, está a recuperação do EGF (Empréstimo do Governo Federal), mais reduções na alíquota do ICMS (Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços), melhoria na infra-estrutura básica (como estradas e energia) e o ajuste simultâneo da pauta do leite e derivados praticada no mercado.

As medidas foram anunciadas durante reunião, na manhã de hoje, entre Nogueira Filho e representantes da Câmara Setorial do Leite (formada por empresários e produtores do setor). Os presentes reavivaram as discussões sobre a EGF, que foi cogitada em novembro de 2005. O secretário informou que, em contato com a Superintendência Regional do Banco do Brasil, soube que há em caixa R$ 10 milhões para este fim. Com a contratação dos valores, espera-se permitir aos laticínios estocar o produto e o retorno ao mercado na oportunidade em que for reduzida a oferta.

Preço baixo – De acordo com a assessoria da Seprotur, os produtores queixam-se das alíquotas do ICMS, embasando-se no fato de que alguns Estados (como São Paulo e Rio Grandeo do Sul) o valor do imposto chega a 0%. Adriana Mascarenhas, coordenadora da Câmara Setorial do Leite, defende que “o governo tem baixado os impostos para os laticínios, porém eles não repassam esse incentivo aos produtores”.

Os produtores alegam que, em um ano, o produto desvalorizou-se até 50%: enquanto em 2004 o leite chegou a ser vendido por R$ 0,45 o litro, o valor atual seria de R$ 0,24. “Mas já existem indústrias pagando até R$ 0,18 por litro”, apontou o secretário. O empresário Carlos Rosso, por sua vez, sustentou que a crise também está no mercado final. “Basta observar quanto as grandes redes de supermercado estão pagando”, afirmou.

SIGA-NOS NO Google News