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Geral

Setor florestal cresceu 809%, aponta pesquisa preliminar do IBGE

Correio do Estado - 27 de julho de 2018 - 12:30

Pesquisa preliminar do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) apontou que um dos segmento produtivos com maior desenvolvimento foram as florestas plantadas e naturais, que juntas somaram aumento de 809%. O balanço foi apresentado pelo Censo Agro 2017, na manhã desta quinta-feira (26), em Campo Grande

Outra informação importante é que das cinco cidades brasileiras com maior produção de eucalipto, quatro se localizam em Mato Grosso do Sul: Três Lagoas, Ribas do Rio Pardo, Selvíria e Brasilândia. O município de Piraí do Sul ocupa o 4º lugar e se localiza no estado do Paraná.

Apesar dos dados ainda não serem conclusivos, o estado ocupa o terceiro lugar em número de pés de eucalipto existentes nos estabelecimentos agropecuários: 1.173.243 peças.

De acordo com o presidente da Associação Sul-Mato-Grossense de Produtores e Consumidores de Florestas Plantadas (Reflore/MS), Moacir Reis, o desenvolvimento observado na área de florestas plantadas, se deve a três fatores: a chegada de novas indústrias no Estado, logística e legislação ambiental.

"O segmento de florestas atende na atualidade a demanda de celulose, serraria e carvão vegetal e somando os empregos diretos e indiretos, alcança o número de 100 mil pessoas colocadas profissionalmente. Atualmente, nosso estado é o segundo produtor nacional de área plantada de eucalipto e perde somente para o estado de Minas Gerais, posto que podemos ultrapassar nas próximas duas décadas", observa o representante dos produtores.

Reis acrescenta que 95% da produção em florestas plantadas é utilizada a espécie de eucalipto. "A adaptação da espécie se comprovou na produtividade eficiente e na diversidade de utilização", conclui.

AGRICULTURA

Resultados expressivos foram evidenciados na agricultura, visto que a área utilizada para produção de lavoura permanente teve crescimento de 155% entre 2006 e 2017, no Estado. Enquanto isso, as lavouras temporárias de forma geral, aumentaram 55% no mesmo período.

As lavouras permanentes, florestas plantadas, são áreas que mesmo após a colheita não necessitam de novo plantio produzindo por vários anos, como por exemplo a seringueira. Essa lavoura em 2006, teve registrado 61.593 mil hectares e passou para 157.087 hectares em 11 anos.

Já nas lavouras temporárias que abrangem áreas plantadas de curta duração e precisam de novos plantios a cada colheita, como grãos e cana-de-açúcar, cresceu de 7,2% para 11,6% em 2017.

De acordo com o coordenador técnico do Censo Agropecuário do MS, José Aparecido de Lima Albuquerque, isso acontece quando o produtor decide migrar para o plantio de grãos, como a soja por exemplo, e aumenta o campo de lavoura, deixando de aumentar as pastagens. No entanto, Albuquerque afirma que mesmo com a queda nessas áreas, a qualidade da pastagem não caiu.

PESQUISA CONTINUA

Para Albuquerque, mesmo que o balanço seja preliminar, o Estado obteve bons resultados em todos os setores, além dos grandes destaques registrados nesses 11 anos. “As matas e florestas foram os destaques, porque que aconteceu um aumento significativo até mesmo no plantio de eucalipto nos municípios”, disse.

Porém, o coordenador do Censo Agro afirma que os resultados não são conclusivos e alguns dados precisam ser coletados, apesar de não alterarem em grandes proporções o primeiro resultado divulgado.

“Ainda vamos coletar alguns dados em municípios e setores que não foram alcançados, como parte da região do Pantanal por exemplo, mas pretendemos finalizar tudo até setembro deste ano”, finalizou.

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