O setor agrícola vai precisar de crédito para custeio e comercialização na faixa de R$ 56,2 bilhões a juros equalizados de 8,75% ao ano na próxima safra. A sugestão será apresentada pela Confederação Nacional da Agricultura (CNA) ao ministro da Agricultura, Roberto Rodrigues, agora à tarde, dentro da proposta do setor produtivo para o Plano Agrícola e Pecuária do Brasil. A cerimônia de apresentação será na sede da CNA. A proposta do setor privado inclui sugestões para desburocratização no acesso ao crédito, criação de novos programas de financiamento e reajuste de limites de concessão de empréstimo em linhas já existentes.

O presidente da CNA, Antônio Ernesto de Salvo, afirma que na safra passada o governo prometeu R$ 32,5 bilhões para custeio e comercialização da safra agrícola. O setor pedia R$ 44 bilhões para o crédito rural. A alternativa para o setor seria buscar financiamentos do excedente a juros de mercado, que chegam a ultrapassar 22% ao ano. Segundo Salvo, isso inibe maiores investimentos na lavoura impedindo sua expansão.