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Sete brasileiros não fumantes morrem diariamente por causa da fumaça do cigarro
Na próxima quarta-feira, a Comissão de Constituição e Justiça do Senado deve votar o projeto de lei que proíbe o fumo em locais fechados em todo o País. A votação estava prevista para a semana passada, mas foi adiada. O projeto é apoiado por entidades de saúde de todo o Brasil. O principal objetivo da proposta é proteger os fumantes passivos. De acordo com estudos do Instituto Nacional do Câncer, pessoas expostas à fumaça do cigarro correm grande risco de sofrer infartos e derrames. A coordenadora nacional do controle de tabagismo do INCA, Tânia Cavalcante, defende o fim de áreas destinadas a fumantes, conhecidas como fumódromos.
"Não existe nenhum tipo de nível seguro para este tipo de exposição e que o sistema de ventilação que atualmente se propõe para separar fumantes de não fumantes não reduzem a exposição nem reduzem os riscos do tabagismo passivo para as pessoas que não fumam."
"Em questões de minutos a parte interna dos vasos sanguíneos e das artérias já começam a sofrer inflamação e esse é o primeiro processo para formar trombos e isso gerar infartos e derrames. A situação é tão grave que garçons e outras pessoas que trabalham em casas noturnas onde se fuma muito podem, no final de uma jornada de trabalho, ter inalado uma fumaça equivalente a ter fumado de quatro a dez cigarros."
Tânia Cavalcante estima que sete brasileiros não fumantes morrem por dia no Brasil em consequência do cigarro. Nos Estados Unidos, o cigarro mata cinquenta mil fumantes passivos todos os anos.
Reportagem, Alan Borges