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Geral

Serys está "blindada", reconhece relator do processo

Iolando Lourenço/ABr - 06 de outubro de 2006 - 09:15

O depoimento da senadora Serys Slhessarenko (PT-MT) no Conselho de Ética do Senado, ontem (5), por suspeita de participação na compra superfaturada de ambulâncias com recursos públicos, agradou ao relator do processo contra ela, senador Paulo Octávio (PFL-DF).

"A senadora fez um depoimento contundente e firme, que enriqueceu o nosso relatório e tirou dúvidas que existiam", disse o relator.

"Está comprovado que teve uma participação ética no exercício do cargo. O fato de ter apresentado emendas em 2003 para a compra de ambulâncias não quer dizer que ela tenha recebido algum favor em troca", afirmou Paulo Octávio.

"A senadora está até o momento blindada no que se refere à participação efetiva na elaboração de emendas parlamentares em troca de favores", completou o relator.

Paulo Octávio informou também que ficou claro, em todos os depoimentos, que a senadora não teve nenhum contato com a Planam, empresa acusada de comandar a “máfia dos sanguessugas”. "Temos muitas mentiras e muitas contradições nos depoimentos, mas em nenhum deles se falou que a senadora teria recebido favores da Planam”.

Para concluir o parecer e apresentá-lo ao Conselho de Ética, o relator espera cópia do cheque de R$ 37 mil que o genro da senadora, Paulo Roberto Ribeiro, disse ter recebido na sede da Planam como pagamento de uma venda que teria feito à empresa.

Mas o empresário Luiz Antonio Vedoin, dono da Planam, afirmou que o cheque não existe e ele nunca comprou equipamentos do genro da senadora. O que ele admite é ter dado a Paulo Roberto R$ 35 mil, em espécie, como pagamento de comissão pela apresentação de emendas para compra de ambulâncias.

Ao deixar o Conselho de Ética, Serys voltou a jurar inocência e disse ter quase certeza de que houve motivação política no envolvimento do nome dela. “O primeiro parlamentar acusado pelo Luiz Antonio Vedoin no depoimento de nove dias fui eu. Mas mesmo ele sendo organizado, tendo tudo anotado, não existe qualquer prova contra mim", afirmou.

A senadora também afirmou que seu depoimento foi muito importante, porque só depois de 120 dias de “linchamento público”, ela teve a oportunidade de se defender nos órgãos de investigação do Senado. Ela disse que não pôde se defender na Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) dos Sanguessugas, que aprovou relatório parcial incluindo seu nome.


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