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Servidores levam caixão para frente de prefeitura

Redação - 06 de outubro de 2015 - 17:53

Em torno de 50 servidores protestam com caixão em Deodápolis  (Foto: Divulgação)
Em torno de 50 servidores protestam com caixão em Deodápolis (Foto: Divulgação)

Servidores municipais de Deodápolis, distante 264 quilômetros de Campo Grande, estão de greve há 27 dias e na manhã desta terça-feira (6) fizeram um protesto na frente da prefeitura local levando um caixão de verdade e encenaram um velório, em alusão ao que eles mencionaram como "a morte do serviço público na cidade".


Além da negociação para aumento salarial na ordem de 11%, uma parte dos servidores hoje recebe salário abaixo do mínimo, que é de R$ 788 mensais. "Tem gente ganhando R$ 711, R$ 741, R$ 781. Enquanto isso, o salário da prefeita é de R$ 12 mil, os secretários recebem R$ 4 mil e o vice recebe R$ 6 mil", explicou a presidente do Sindicato dos Servidores Públicos Municipais de Deodápolis, Irene Prates de Souza Pagliarini.A prefeitura da cidade tem 262

funcionários efetivos e até o mês passado estava com 169 comissionados, ou seja, mais da metade dos concursados. Houve cortes e agora o número está em 120 contratados em comissão, informou o sindicato.


No protesto da manhã, em torno de 50 servidores fizeram a encenação e carregaram o caixão pelas ruas de Deodápolis. O sindicato entrou na Justiça Estadual em 28 de setembro pedindo que o judiciário tente intermediar uma reunião de conciliação.


A prefeita Maria das Dores de Oliveira Viana (PT) disse que entende que a greve tem motivação política e está trabalhando para se chegar a um acordo. "Vamos montar uma comissão para tratar disso. Basicamente o que não está funcionando são as creches, outros setores não aderiram", disse. Sobre o pagamento abaixo do mínimo, ele contestou. "São os encargos que são descontados." Ele destacou que mais comissionados serão demitidos e um novo concurso público precisará ser feito.

Matéria de autoria de Rodolfo César, Correio do Estado

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