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Servidores do Judiciário fazem paralisação no dia 3 para discutir greve

Aline dos Santos e Leonardo Rocha, Campo Grande News - 29 de junho de 2013 - 19:00

Paralisação de advertência foi anunciada neste sábado. (Foto: Marcos Ermínio)
Paralisação de advertência foi anunciada neste sábado. (Foto: Marcos Ermínio)

Servidores de 54 comarcas da Justiça estadual vão cruzar os braços na próxima quarta-feira, dia 3 de julho. Na paralisação de 24 horas, anunciada após reunião neste sábado, será discutido se categoria realiza greve por tempo indeterminado.

De acordo com o vice-presidente do Sindijus (Sindicato dos Trabalhadores do Poder Judiciário), Dionízio Gomes Avalhaes, são 3.300 servidores. Ele explica que, ao menos, 30% do quadro será mantido trabalhando para não descumprir regra de paralisação. Na pauta de reivindicações, dois pontos ganham projeção: pagamento do adicional por tempo de serviço e o reajuste do auxílio-alimentação.

Conforme o vice-presidente do sindicato, os servidores brigam desde 1999 pelo adicional. “Já ganhamos no Supremo Tribunal Federal e o presidente do Tribunal de Justiça percorreu as comarcas prometendo pagar, que a questão seria resolvida até 30 de junho”, afirma.

O adicional deve ser pago a 1.400 servidores, em valores que vão de R$ 8 mil a R$ 40 mil. “Do valor, 45% está na fila do precatório e o presidente prometeu pagar os outros 55%”, diz. A categoria reclama que os magistrados têm tratamento privilegiado. “Para eles, concede o benefício hoje e amanhã paga”, salienta.

Segundo Dionízio Avalhaes, o vale-alimentação retroativo dos juízes foi pago e a PAE (Parcela Autônoma de Equivalência), que totaliza R$ 150 milhões, já foi paga quase a metade. A PAE é uma compensação devido à diferença entre o auxílio-moradia pago a parlamentares do Congresso Nacional.

Quanto ao auxílio-alimentação, os servidores querem que o valor chegue ao menos a R$ 680. Atualmente, eles recebem R$ 412. A edição de segunda-feira do Diário da Justiça traz dois reajuste no benefício. A partir de julho, o valor será de R$ 475,17. A partir de primeiro de agosto, será R$ 522,69.

Para os magistrados, o benefício varia de R$ 900 a R$ 1.200. O Sindijus vai solicitar que haja uma redução do auxílio-alimentação dos juízes e desembargadores para R$ 700. A categoria também cobra 10% de aumento no salário em julho e agosto.

Ontem, em forma de protesto, os servidores espalharam sacos de lixo pelo TJ/MS (Tribunal de Justiça de Mato Grosso do Sul). O presidente do tribunal, desembargador Joenildo de Souza Chaves, justificou que não tem condições de conceder o aumento neste momento.

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