Os mais de 200 servidores do Incra (Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária), em Campo Grande, decidiram cruzar os braços hoje. Cerca de 50 servidores foram à sede do Instituto com faixas e som alto, protestar pela implementação imediata da Medida Provisória que define plano de cargos e carreiras e reajuste salarial de 28% a 35%, variando de acordo com o cargo, até 2010.

Durante a pralisação, o atendimento do Incra está suspenso. Serviços como a emissão do Certificado de Cadastro de Imóvel Rural, usado para transações financeiras, e do Certificado de Georreferenciamento de Imóvel Rural, usado para demarcação de terras, não serão efetuados.

A manifestação que deve durar 24h faz parte da paralisação nacional em todas as sedes do Incra. Na semana passada também o houve a mesma manifestação durante um dia.

“Meu salário base é menor que o salário mínimo, graças a gratificações eu tenho um salário razoável, mas posso perder as gratificações a qualquer momento. Por isso é importante que essa MP seja aprovada para que servidores, como eu, tenham um salário incorporado”, explica a engenheira do Incra, Rachel Soriane.

De acordo com a servidora Cláudia Barbosa do Carmo, representante da Associação dos Servidores do Incra de Mato Grosso do Sul, o Governo Federal assinou em março, um termo de compromisso com a CNASI (Confederação Nacional dos Servidores do Incra) que deve ser votado como MP.

A preocupação dos servidores é que o governo protele a data, definida para maio. “Essa manifestação é pra chamar a atenção da população e do governo, não queremos ser enrolados”, alerta Cláudia.

Dia 16 de maio, a CNASI realiza uma assembléia em Brasília com representantes de todos os estado para definir as próximas ações dos servidores do Incra. Se a MP não foi votada, os funcionários ameaçam deflagrar uma greve.