Os servidores do Ibama (Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis) em Mato Grosso do Sul decidiram manter o movimento de greve no Estado em assembléia realizada esta manhã na sede do órgão, em Campo Grande. A decisão segue a orientação nacional. O grupo parou ontem em protesto à proposta de criação do Instituto Chico Mendes, que vai dividir as atribuições dos órgãos.

Segundo informações da Folha Online desta terça-feira, os funcionários se mostraram inconformados com a decisão do governo de levar a discussão para a esfera judicial. Eles dizem que só retomam o diálogo quando o Planalto abandonar a postura "autoritária".
Ontem, o governo conseguiu uma liminar na 17ª Vara da Justiça Federal que determinou o retorno imediato ao trabalho de 50% dos servidores do órgão. Em caso de descumprimento da decisão, a Justiça fixou às associações de servidores do Ibama o pagamento de multa diária de R$ 5.000.

O presidente da Asibama-Nacional (Associação Nacional dos Servidores do Ibama), Jonas Corrêa, disse à reportagem da Folha que a assessoria jurídica da entidade já está recorrendo da liminar.

Ontem, o secretário-executivo do Ministério do Meio Ambiente, João Paulo Ribeiro Capobianco, teria dito que a greve não tem conotação trabalhista, por isso pode ser questionada na Justiça.