Geral
Servidores das universidades retornam ao trabalho
Os servidores técnico-administrativos das universidades e das escolas de ensino médio federais assinaram ontem termo de compromisso com os ministérios do Planejamento e da Educação que põe fim à greve que durou mais de dois meses. Foram atendidas reivindicações de mais de quinze anos, destacou o ministro da Educação, Tarso Genro.
O termo estabelece reajuste salarial de 50% em média e eleva o piso da categoria dos atuais R$ 492,00 para R$ 701,98 a partir de março de 2005. O documento ainda estabelece o índice para mudança de cargos e funções (step) em 3%, chegando a 3,6% em 2006. No total, o governo federal já investiu R$ 709 milhões para os salários deste ano e pretende aplicar mais R$ 341 milhões em 2005 e R$ 365 milhões em 2006.
Além do reajuste, os servidores conseguiram do governo o compromisso de enviar, até o próximo dia 15, ao Congresso Nacional, o projeto de lei que estabelece o Plano de Carreira da categoria. Os trabalhadores não estão frustrados pelo movimento que fizeram e nós correspondemos de maneira eficiente a essas demandas, outorgando conquistas que eles mereceram, ressaltou o ministro.
Para o coordenador-geral da Federação dos Sindicatos dos Trabalhadores em Educação das Universidades Brasileiras (Fasubra), Edvaldo Rosas, as negociações foram um avanço e a aprovação do Plano de Carreira será um passo importante para o fortalecimento da categoria. O plano de carreira incentiva você a estudar, a se capacitar e melhorar o atendimento à população. Resgata o papel da cidadania, disse Rosas.
Segundo ele, os funcionários devem voltar imediatamente ao trabalho, dependendo apenas das decisões de suas assembléias setoriais. A expectativa é de que as atividades das universidades públicas já estejam normalizadas após o feriado de sete de setembro. As assembléias vão deliberar na próxima semana, para sair de forma unificada a partir de segunda ou quarta-feira da semana que vem, informou o coordenador-geral.