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Geral

Servidor público é alvo do Banco do Brasil em 2004

Stenio Ribeiro/ABr - 26 de dezembro de 2003 - 13:38

O Banco do Brasil lança ações para 2004, que dão prioridade à concessão de crédito para pessoas físicas e empresas de pequeno e médio portes, além de operar uma estratégia agressiva para aumentar a base de clientes; com prioridade junto aos servidores públicos, conforme revelou o vice-presidente de Varejo e Distribuição, Edson Monteiro.

A primeira medida, que começará a ser implantada em janeiro, segundo ele, diz respeito à contratação de empréstimos e financiamentos, com desconto em folha de pagamento, por qualquer um dos 1,3 milhão de servidores federais (ativos, inativos e pensionistas) que recebem salários pelo BB, conforme convênio assinado com o Ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão, no último dia 17, que prevê taxas de juros entre 1,75% e 3,10%, conforme o prazo de pagamento.

A medida, segundo Edson Monteiro, "atende a uma das principais políticas de governo, que é de democratizar o acesso ao crédito no sistema financeiro, com redução contínua das taxas de juros". Razão porque o BB assinou convênio semelhante também com a Central Única dos Trabalhadores (CUT) para oferecer a mesma sistemática de empréstimo com desconto em folha para os filiados de sindicatos associados, que sejam correntistas do BB.

De acordo com Monteiro, a direção do banco está empenhada em um trabalho de conscientização com os pequenos e médios empresários sobre a necessidade de atualização tecnológica para acompanhar os rumos do mercado, que está em constante evolução. "Quem não se ajustar vai ficar para trás e perder competitividade", segundo ele. Para que isso não aconteça, adiantou, é preciso aplicar recursos, e o Banco do Brasil está de portas abertas para analisar todas as possibilidades de investimento, caso-a-caso".

O BB está, também, com uma política agressiva para conquistar clientes entre os servidores estaduais e municipais, apesar de já deter 650 mil contas de funcionários dos estados e 2 milhões de contas de funcionários municipais. O banco tem a conta integral dos servidores do MT, MS, TO, RN, AC, RO e RR, que não dispõem mais de bancos estaduais, e pretende disputar, no próximo ano, as clientelas oficiais da Bahia, Pernambuco e Paraná, que somam cerca de 600 mil servidores. Isso porque terminam em 2004 os convênios desses estados com o Bradesco e o Itaú, que sucederam as operações dos antigos bancos estaduais.

Além de o BB dispor de grande capilaridade, com agências em todas as regiões do país e ampliação da rede de correspondentes bancários, também pode oferecer serviços diferenciados aos 5.561 municípios. Caso, por exemplo, dos convênios para arrecadação de dívidas de terceiros com as prefeituras, que começaram a funcionar no ano passado e atendem, hoje, a 231 municípios, que conseguiram receber, até outubro último, o incremento de R$ 492 milhões em dívidas antigas.

O BB descobriu que seu sistema de licitação on-line é também um ótimo canal de contribuição para baratear as compras de outros órgãos de governo. O sistema foi montado com o único objetivo de servir ao próprio banco, mediante cadastramento de fornecedores, de modo a facilitar as operações de recebimento dos pagamentos devidos. Mas funcionou tão bem que alguns governos estaduais, prefeituras e empresas estatais o utilizam, mediante acordo.

Dados do BB mostram que de janeiro a novembro deste ano foram feitas 688 compras por licitação eletrônica a 384 fornecedores, num processo que se acentua cada vez mais. Basta dizer que em novembro foi registrada média diária de 45 licitações. Os principais usuários do sistema em volume de compras, além do próprio BB, foram a Petrobras Distribuidora (R$ 143,4 milhões), Governo do Paraná (R$ 83,8 milhões) e Prefeitura de Salvador (R$ 36,8 milhões).


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