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Serigrafista que matou irmão é absolvido

TJ/GO - 18 de maio de 2007 - 19:20

O serigrafista Jefferson Andrade Felipe, de 25 anos, acusado de matar o irmão Jackson Felipe de Andrade, 19, com dois golpes de faca, foi absolvido ontem (17) pelo 2º Tribunal do Júri de Goiânia, presidido pela juíza Zilmene Gomide da Silva Manzolli. O crime foi cometido na noite de 20 de agosto de 1999, na residência da família, localizada no Setor Urias Magalhães. Na sessão, o corpo de jurados entendeu que o serigrafista agiu em legítima defesa própria, conforme sustentou o advogado Édison de Britto Rangel, ao fazer a sustentação oral.

Consta da denúncia que, por volta das 19 horas da noite do crime, Jackson chegou em casa com uma caixa de cerveja, deixando-a na parte de cima do portão e saído logo depois. José Felipe de Andrade, 47, pai dos rapazes, pôs a caixa na geladeira, porém, pegou duas latas. Quando soube do que havia se passado, Jackson discutiu com o pai e em seguida da residência. Ao se deparar com o réu, escorado no portão, a vítima deu-lhe um tapa e este, por sua vez, revidou, com um murro. Enquanto se preparava para atacar Jefferson, com um caco de garrafa, Jackson foi ferido pelo irmão, que escondia uma faca de cozinha. A vítima chegou a ser socorrida, mas não resistiu às lesões e morreu antes de chegar ao hospital.

Ouvido em juízo, Jefferson confirmou a autoria e disse que seu relacionamento com o irmão era sempre complicado, pois brigavam desde criança, sendo Jackson o "mais provocador". Segundo o réu, naquela noite estava no banho quando ouviu a discussão, e pediu a vítima que respeitasse o pai. Temendo que a briga se agravasse, sua mãe escondeu as facas no quarto do casal, contou. O serigrafista informou que só colocou a faca no bolso porque, quando ia para a igreja, ouviu Jackson falar que iria chamar a polícia para prender o pai. Com receio do que pudesse ocorrer, ficou no portão à espera da viatura, para explicar aos oficiais o que de fato tinha se passado.

Jefferson contou ainda que, ao sair, Jackson o empurrou, dizendo para não entrar em sua briga com o pai. Em seguida, a vítima "partiu para cima" dele com o vidro, instante em que desferiu os golpes. O réu falou também que se arrepende do que fez e que preferia que tivesse ocorrido o oposto. (Sheila Cavalcante)

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