Os dois clubes que dominaram a classificação durante praticamente todo o Campeonato Sul-mato-grossense de Futebol/Série A irão definir o título do torneio. Em Campo Grande, o Cene derrotou por 2x1 a Serc de Chapadão do Sul, garantindo sua participação na final. Já em Rio Brilhante, a torcida do Águia Negra precisou esperar até os 35 minutos do segundo tempo, quando o Rubro-negro empatou o confronto com o Operário de Campo Grande – a vitória daria a vaga para o Galo da Capital. Com os resultados, as duas equipes que já representarão o Estado na Série C também levarão o nome de Mato Grosso do Sul na Copa do Brasil de 2008.

O Cene entrou em campo com a vantagem de ter vencido o primeiro confronto das semifinais por 3x2. Por isso, mesmo que fosse derrotado por até um gol de diferença, o Furacão Amarelo ainda ficaria com a vaga. Mas aos dois minutos de jogo, Ricardo Lobo abriu o placar para o Cene, mostrando que o time estava disposto a conquistar a vaga dentro das quatro linhas.

A missão da Serc se tornou ainda mais difícil aos 35 minutos da etapa final, quando Julio César ampliou o marcador para o Furacão Amarelo. O time de Chapadão do Sul ainda encontrou forças para marcar seu gol de honra com Zé Hilton, aos 43 minutos do segundo tempo, mas já era tarde demais para esboçar a reação. “E, mais uma vez, teremos Campo Grande na Copa do Brasil”, anunciou o presidente do Cene, Paulo Teles.

Caldeirão – A estimativa da direção do Águia Negra é de que mais de quatro mil pessoas compareceram ao Ninho da Águia, em Rio Brilhante, para presenciar a partida entre o time da casa e o Operário. Na primeira partida da semifinal, em Campo Grande, os dois times empataram em 1x1. Um novo empate daria ao Rubro-negro o direito de disputar a final, enquanto o Galo precisava da vitória por qualquer placar.

E o Operário, por pouco, não conseguiu o seu objetivo. Logo aos nove minutos do primeiro tempo, Adriano Luiz abriu o placar para o Alvinegro da Capital. O placar perdurou durante praticamente todo a partida, criando angústia nos torcedores que lotaram o estádio do Águia. O alívio veio apenas aos 35 minutos do segundo tempo, quando Magno empatou a partida. A partir do gol, o Águia Negra jogou com o resultado “debaixo da asa”, ficando assim com a vaga.

“Foi uma arbitragem absurda. O [Manoel] Paixão trabalhou até achar um jeito do Águia Negra marcar um gol”, protestou o diretor de Futebol do Galo, Lucien Rezende. “É uma pena, mas para um clube que disputou o campeonato com toda a dificuldade, com cinco salários atrasados para os jogadores, terminar em terceiro lugar não é um mau resultado”, prosseguiu. Já o vice-presidente do Águia, Jeziel Marques, ressaltou o “sufoco” para ter confirmada a vaga. “Foi um jogo para cardíaco. Nossa cidade praticamente parou. Mas, agora, vamos nos concentrar para os dois jogos da final do Estadual”, salientou.