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Serasa registra queda na inadimplência dos consumidores

Janaina Almada / Agência Brasil - 30 de dezembro de 2003 - 13:02

Durante o ano de 2003 a inadimplência foi bem menor do que os números registrados no mesmo período do ano passado. De janeiro a novembro deste ano atingiu 5% de inadimplência, enquanto no mesmo período de 2002 era equivalente a 25,3%. Segundo o assessor econômico da Serasa, Carlos Henrique de Almeida, a inadimplência de pessoa física foi apenas 1/5 da verificada no ano passado.

De acordo com Carlos Henrique, durante este ano 73% das pessoas regularizaram suas dívidas até novembro - "um indicador elevado, recorde, pois nos outros anos nós tínhamos uma média de 52% na regularização da inadimplência”, afirma o assessor.

Apesar da baixa inadimplência e da elevação das compras no Natal, o ano de 2003 não foi muito bom para o comércio em geral. Segundo Carlos Henrique, o consumidor se ausentou das compras, principalmente nas grandes datas de varejo, como os dias consagrados às mães, aos pais e aos namorados, e priorizou o pagamento das dívidas. “Isso foi o que fez com chegasse menos inadimplente neste Natal e pudesse gastar um pouco mais com as compras de final de ano”, explica.

Outro fator importante na renegociação da dívida foi o desemprego muito elevado. “As pessoas que receberam alguma verba pela rescisão do contrato aproveitaram para regularizar as suas dívidas”, acrescentou o técnico, lembrando que o crédito no Brasil é muito pequeno e caro e não financia a atividade econômica. “O governo está sensibilizado para que o país tenha um crédito crescente para financiar a economia, o consumo e geração de emprego”, anunciou.

Para não prejudicar o cidadão que tenha um perfil inadimplente, dificultando o crédito na hora da compra, a Serasa não divulga quais as características e o perfil do comprador. “Em respeito ao consumidor e para evitar uma política discriminatória não divulgamos nenhum estudo referente ao perfil do consumidor”, disse Carlos Henrique, ressaltando que não se pode associar a inadimplência com o rendimento salarial de cada consumidor. "A pessoa que faz compromissos acima da renda que recebe não irá conseguir pagar todas as suas dívidas. Este tipo de consumidor existe em todas as classes sociais”, afirma.

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