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Senadores de MS usaram R$ 60 mil em verba indenizatória

Humberto Marques - Campo Grande News - 18 de abril de 2008 - 16:22

Os três senadores de Mato Grosso do Sul gastaram juntos entre fevereiro e março o total de R$ 68.000,68 da chamada “verba indenizatória”. O número dos gastos dos parlamentares no Senado foi divulgado hoje pela organização Transparência Brasil, dentro de seu projeto “Excelências”, e levantado a partir da divulgação do próprio Senado, que neste ano passou a disponibilizar em seu site dados como os gastos com verba indenizatória.

O “Excelências” pontuou que, embora os senadores tenham aderido a essa divulgação, ainda não oferecem com facilidade dados como o comparecimento em sessões plenárias e comissões temáticas, dificilmente encontrados para consulta. Dados como viagens oficiais e diárias também estão ausentes. Já a verba indenizatória – que compreende gastos como correspondências, combustíveis, aluguéis de escritórios e outros – é de R$ 15 mil mensais. Até 15 de abril, os senadores gastaram R$ 1,604 milhão na verba indenizatória.

Em sua análise, o projeto “Excelências” separou a verba em três agrupamentos distintos: Transporte e Estadias (incluindo locomoção, hospedagem, alimentação, combustível e lubrificantes); Divulgação e Consultoria (divulgação das atividades parlamentares e contratação de consultorias e assessorias); e Aluguel e outras despesas (aluguéis de escritórios e despesas vinculadas, como custeio operacional). A primeira é a que obteve mais atenção dos senadores: foram gastos R$ 621,1 mil com transporte. A divulgação consumiu R$ 556 mil, e outros R$ 426,9 mil foram com aluguéis.

Os senadores sul-mato-grossenses só tinham disponíveis os gastos de fevereiro e março, que chegaram praticamente R$ 68 mil. Delcídio do Amaral (PT) foi o senador que mais usou da verba indenizatória, somando gastos de R$ 29.506,79. A principal despesa do senador foi com aluguel (R$ 15.772,87), seguido de transporte (R$ 12.359,36). Com divulgação, o gasto de Amaral chegou a R$ 1.374,56 no período. Em fevereiro, o senador utilizou R$ 14.959,82 da verba indenizatória; valor que caiu modicamente em março, para R$ 14.546,97.

Nos dois primeiros meses de trabalho Legislativo, a senadora Marisa Serrano (PSDB) foi a única a ultrapassar o valor de R$ 15 mil, registrando em março gastos totais de R$ 15.344,87 – pouco acima do limite. A Transparência Brasil lembra que, ao apresentar notas em valor inferior aos R$ 15 mil, a quantia não usada estará disponível para o mês seguinte. Em fevereiro, os gastos da senadora foram de R$ 10.430,38. Esse acúmulo pode ser feito em, no máximo, um semestre.

Assim, em dois meses, Marisa utilizou R$ 25.775,05 da verba indenizatória. Do total, mais da metade foram direcionados para o pagamento de aluguéis e despesas correlatas (R$ 14.951,20). A segunda maior despesa da parlamentar foi com consultoria e divulgação do mandato (R$ 6.263,27). A senadora foi a que teve o menor gasto com transporte e estadias: R$ 4.560,58.

Já Valter Pereira (PMDB) foi mais econômico no uso da verba indenizatória. Em dois meses, os gastos do senador totalizaram R$ 12.718,84. O curioso é que os maiores gastos do parlamentar ocorreram em fevereiro, mês mais curto do ano. No período, Valter Pereira utilizou R$ 10.553,56. Em março, os gastos do senador caíram para R$ 2.165,28.

Praticamente todos os gastos do peemedebista foram com transporte nesses dois meses: Pereira declarou o uso de R$ 12.418,84. Tanto com divulgação como com aluguel o senador gastou R$ 150.

No seu estudo, a Transparência Brasil lembra que além da verba indenizatória os senadores têm outra quantia mensal para deslocamento às cidades de origem, uso de carros oficiais e contratação de assessores. Com todas essas regalias, o Senado brasileiro é considerado a instituição parlamentar mais cara do mundo.

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