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Geral

Senadores de MS estão preocupados com excesso de etanol

Agência Senado - 18 de outubro de 2007 - 18:07

Os senadores Marisa Serrano (PSDB) e Valter Pereira (PMDB), ambos de Mato Grosso do Sul, manifestaram preocupação com um eventual excesso na oferta de etanol, devido à expansão da produção alcooleira em seu estado. Eles participaram, nesta quinta-feira (18), de uma audiência pública realizada pela Subcomissão Permanente dos Biocombustíveis para discutir o mercado de etanol.

Marisa Serrano ressaltou que "o etanol assumiu uma importância muito grande no desenvolvimento de Mato Grosso do Sul; há uma corrida no estado para a produção de cana-de-açúcar". Tanto ela quando Valter Pereira, no entanto, apontaram o risco de que a oferta se torne maior que a demanda.

- Podemos ter a segurança de que nossa produção será comercializada? - perguntou a senadora.

Valter Pereira afirmou que o mercado nacional de etanol é promissor, mas não é capaz de se expandir indefinidamente. Para ele, porém, o maior risco está nas exportações.

- Chegará um momento em que pode haver risco, caso não haja um crescimento do mercado internacional que seja compatível com esse boom que estamos experimentando na produção brasileira - argumentou o senador.

Exportações

Ao responder a Valter Pereira sobre o potencial da demanda internacional, o presidente da Comissão de Energia e Meio Ambiente da Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores (Anfavea), Henry Joseph Júnior, disse que o mercado externo "certamente crescerá, mas infelizmente não podemos dizer a que volume".

O representante da Anfavea lembrou que os Estados Unidos são o maior consumidor mundial de etanol e destacou o potencial consumidor da Europa - onde vários países vêm exigindo o uso de combustíveis renováveis - e também da Ásia e de outros países latino-americanos.

Henry Joseph observou ainda que os países signatários do Protocolo de Kyoto representam uma importante oportunidade de mercado, pois neles é possível introduzir o etanol na matriz energética, por meio da mistura desse álcool com a gasolina. O Protocolo de Kyoto é um acordo internacional que visa à redução das emissões de gases que aumentam o efeito estufa, como é o caso do dióxido de carbono proveniente da gasolina e do óleo diesel.

Ricardo Koiti Koshimizu / Agência Senado

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