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Senadores avaliam pesquisa sobre desempenho do Congresso

Agência Senado - 05 de janeiro de 2004 - 14:05


O líder do PT no Senado, Tião Viana (AC), considerou “natural” que o eleitor tenha se frustrado com deputados e senadores eleitos em 2002, conforme mostrou recente pesquisa elaborada pelo Datafolha, em virtude do surgimento de novos escândalos de corrupção e da própria incoerência política de membros do Congresso Nacional.

Tião Viana atribuiu também essa frustração do eleitor com o Congresso a um outro fator: o preconceito instalado em parte da imprensa brasileira com relação ao Parlamento. E chegou a estranhar a existência desse preconceito, apesar de o Congresso Nacional ser “o mais fiscalizado e o mais transparente entre os três Poderes da União”.

- Mas estou otimista com relação ao futuro do Parlamento brasileiro - afirmou Tião Viana, apesar de deixar claro, entretanto, que o processo é lento para que, tanto a imprensa quanto à população, passem a entender melhor o trabalho e o que representa o Congresso Nacional para o país.

De acordo com a pesquisa, realizada entre os dias 8 e 12 e no dia 15 de dezembro passado em todo o país, apenas 24% dos eleitores consideram o trabalho do Congresso ótimo ou bom. A maioria - 46% - classifica o desempenho como regular, enquanto 22% avaliaram o trabalho do Congresso como ruim ou péssimo.


Injustiça

Já o líder do PTB, senador Fernando Bezerra (RN), classificou de “injusta e equivocada” a visão que os eleitores têm do Congresso Nacional, conforme mostrou o Datafolha. Reeleito nas últimas eleições para mais um mandato de oito anos, Fernando Bezerra observou que nos últimos 12 meses nunca viu o Parlamento “trabalhar tanto e com tanta produtividade”, com destaque para o Senado.

Parece que existe a ausência de maior comunicação entre o Congresso e a população para mostrar o que está sendo feito pelo Senado Federal e a Câmara dos Deputados, disse Fernando Bezerra. Ele destacou as várias matérias aprovadas pelo Congresso, como as reformas previdenciária e tributária, o Estatuto do Idoso, o Estatuto do Desarmamento, além do projeto que obriga o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) a aplicar, pelo menos, 35% de suas receitas em regiões menos desenvolvidas, com destaque para o Norte e Nordeste.

O senador Magno Malta (ES), líder do PL no Senado, concordou com Fernando Bezerra e disse que 2002 foi um ano de muito trabalho, com a aprovação de reformas consideradas significativas, como as da Previdência Social e tributária.

- Estou no Parlamento há cinco mandatos, quatro como deputado federal e agora como senador, e jamais vi o Congresso Nacional trabalhar tanto - observou Magno Malta, ao informar que irá apresentar na Comissão de Educação (CE) proposta obrigando as TVs abertas a transmitirem os trabalhos do Congresso Nacional. Somente dessa maneira, avaliou o senador, a população tomará conhecimento do que é feito pelo Senado e pela Câmara e que tem reflexos no dia-a-dia de cada cidadão.


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