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Senadora ficará sem o sobrenome Slhessarenko
Conhecida politicamente como Serys Slhessarenko, a senadora mato-grossense terá que a partir do dia 1° de fevereiro de 2005 suprimir o sobrenome Slhessarenko, herdado do ex-marido, professor aposentado da UFMT, Leonardo Slhessarenko.
Pelo acordo no processo de divórcio, ficou decidido que em função da parlamentar integrar a Mesa Diretora do Senado, ela pode usar o sobrenome de Leonardo até o final desta gestão. Depois retoma o nome de solteira, Serys Marli dos Santos.
A supressão do sobrenome pode trazer implicações para a carreira política da senadora que, apesar de ser complicado e de difícil pronuncia, terá que passar por um processo de adequação de um segundo nome ou mesmo adotar apenas Serys para o eleitorado.
O assessor técnico da senadora, Enock Cavalcanti, afirmou que em termo de votação não terá implicação devido a eleição ser decidida por número e não nominalmente. Entretanto, o assessor diz que o sobrenome Slhessarenko se tornou uma marca da parlamentar petista.
A senadora Serys foi procurada ontem pela reportagem. Segundo sua assessoria, em Brasília, não foi possível contato porque estava em viagem para o município de Rosário Oeste. A petista cumpre extensa agenda política em Mato Grosso, cujo objetivo é reforçar o apoio às candidaturas do PT e partidos aliados no interior do Estado.
Pelo acordo no processo de separação, está prevista a retirada do sobrenome dos documentos até a data limite, quer dizer, 1° de fevereiro. No entanto, segundo a assessoria, ainda se tenta um entendimento com Leonardo até o último momento.
O professor aposentado disse que a separação foi consensual. Ele entende que o correto é a senadora deixar de usar o Slhessarenko. Agora, uma vez separado e não existindo mais uma sociedade conjugal não tem porque ela continuar usando o meu nome, explicou Leonardo, um dos fundadores da UFMT.
No caso do processo de separação da prefeita de São Paulo, Marta Suplicy, e o senador Eduardo Suplicy foi permitido ela continuar utilizando o nome do ex-marido. Conforme Slhessarenko, a permissão foi uma decisão voluntária do senador petista.
Contrariamente, por exigência do professor Slhessarenko a senadora não ficará usando o seu nome. Leonardo e Serys foram casados por 38 anos. Eles têm quatro filhos e quatro netos.
Matéria do Diário de Cuiabá, de autoria da jornalista Noelma Oliveira