O Senado Federal prestará na quarta-feira (23) homenagem ao senador e ex-deputado Afonso Arinos de Melo Franco, por ocasião do centenário de seu nascimento. A solenidade será realizada às 11h, no Plenário do Senado. O requerimento é do senador Marco Maciel (PFL-PE).

Arinos foi um dos maiores opositores ao Estado Novo. Em 1943 foi um dos signatários do Manifesto dos Mineiros, primeira reação política à ditadura de Getúlio Vargas, e foi um dos redatores do manifesto de lançamento da União Democrática Nacional (UDN), partido que reunia a oposição liberal.

Em 1947 foi eleito deputado e reeleito no pleito seguinte. Em 1950 foi aprovado projeto de sua autoria que tornou crime a discriminação racial: a Lei Afonso Arinos. Com a volta de Vargas ao poder, em 1951, passou a mover intensa oposição ao governo, tornando-se líder da UDN na Câmara.

Em 1958 foi eleito membro da Academia Brasileira de Letras (ABL) e senador pela UDN. Em 1961 foi nomeado ministro das Relações Exteriores, desenvolvendo uma política externa independente no governo de Jânio Quadros.

Participou do golpe militar que depôs João Goulart em 1964 e foi um dos fundadores da Aliança Renovadora Nacional (Arena), partido político de sustentação ao regime militar. Crítico dos rumos do regime, deixou a atividade parlamentar em 1967 e retomou suas atividades docentes e literárias.

Com o término da ditadura volta à política, elegendo-se senador pelo Partido da Frente Liberal (PFL) em 1986. Em 1988 transfere-se para o Partido da Social Democracia Brasileira (PSDB). Nascido em Belo Horizonte, em 1905, faleceu em 1990, no Rio de Janeiro, em pleno exercício de seu mandato.