Enquanto gigantes do mundo do tênis como as belgas Kim Clijsters e Justine Henin estão voltando às quadras, outro nome importante, Amelie Mauresmo, chega ao fim da carreira. Nesta quinta-feira, a ex-número um do mundo confirmou as especulações e anunciou a aposentadoria aos 30 anos de idade.

"Não quero mais treinar", resumiu, aos prantos, a francesa, que comunicou sua decisão em uma conferência de imprensa realizada em Issy-les-Moulineaux, a sudoeste de Paris. "É um pouco triste, mas esta é a decisão certa. Tive sorte o suficiente para ter uma carreira excepcional e experimentar fortes sentimentos na quadra".

Quando fala em "excepcional", Mauresmo não exagera. Em 16 anos como profissional, ela conquistou dois Grand Slams - o Aberto da Austrália e Wimbledon -, ambos em 2006, quando permaneceu como líder do ranking feminino por 34 semanas consecutivas. Dois anos antes, em setembro, ela havia atingido a ponta pela primeira vez após ser vice-campeã olímpica, mantendo-a por outras cinco semanas.

No total, a gaulesa deixa o tênis como a maior jogadora de seu país na Era Aberta (a partir de 1968) e com 25 títulos de WTA conquistados, um inclusive na última temporada, em que venceu o forte Torneio de Paris.

Porém, não teve grandes resultados em Grand Slam - chegou no máximo às oitavas de final em Londres - e por isso ocupava a 21ª posição do ranking. "Quando se envelhece é difícil se manter no topo", comentou ela, cansada de não figurar mais no top 10, grupo do qual estava afastada desde 2006.