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Sem novidades, acareação entre Mabel e Raquel Teixeira

Iolando Lourenço e Juliana Cézar Nunes/ABr - 12 de outubro de 2005 - 08:41

Os deputados Sandro Mabel (PL-GO) e Raquel Teixeira (PSDB-GO) passaram ontem (11) por uma acareação de quase seis horas no Conselho de Ética da Câmara dos Deputados. "Os dois se saíram bem. Foi uma acareação útil, mas na realidade trouxe poucos fatos novos. Esse é o grande problema da acareação: é a palavra de um contra a do outro", avaliou o presidente do Conselho, Ricardo Izar (PTB-SP).

Sandro Mabel responde a processo no Conselho por quebra de decoro parlamentar, em conseqüência de uma representação feita pelo PTB, na época em que o deputado cassado Roberto Jefferson (RJ) denunciou o suposto pagamento de mensalão no Congresso Nacional. Jefferson acusou Mabel de ter oferecido à deputada Raquel Teixeira R$ 1 milhão e mais R$ 30 mil por mês para mudar de partido e filiar-se ao PL. Em seus depoimentos ao Conselho, ela confirmou a oferta e o deputado negou ter feito tal proposta.

Durante a acareação, os dois repetiram as declarações anteriores. Para Mabel, a deputada mente: "Ela acusou e tem o ônus da prova, mas não trouxe prova alguma. Eu, que sou acusado, trouxe todas as provas. Não tenho a menor preocupação em ser cassado. Sou inocente". O deputado informou ainda ter procurado "dezenas de parlamentares para ingressar no partido", mas negou ter feito proposta financeira. "A deputada foi oportunista. Disse isso porque queria ganhar espaço junto ao governador de Goiás. Com isso, na primeira reforma foi escolhida secretária de estado", acrescentou.

Raquel Teixeira reafirmou a versão do primeiro depoimento e lembrou que é testemunha no processo de Mabel. Ainda apontou contradições na defesa do colega ao afirmar que ele apresenta versões diferentes para a propostade mudança de partido. "Uma hora ele diz ter me convidado pela minha história na educação, às vezes conta que o Alencar (José Alencar, vice-presidente da República) me convidou ou mandou me convidar, e outra que eu pedi para ser convidada. Ele não chega a uma definição", criticou.

Os dados da acareação servirão como base para o parecer do relator do processo contra Sandro Mabel, Benedito de Lira (PP-AL). O parecer está na fase conclusiva de elaboração.

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