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Sem consenso e com tumulto, Câmara não vota MP do Bem
Os líderes partidários passaram todo o dia de ontem (6) tentanto um acordo que permitisse a votação da Medida Provisória 252 conhecida como MP do Bem, por reduzir impostos para empresas exportadoras e outros setores da economia. Sem consenso, a votação ficou para a semana que vem.
A MP, que já foi aprovada pela Câmara, precisa ser votada novamente, já que o Senado fez alterações. Os deputados têm até a próxima quinta-feira (13) para votar o texto, para que a MP não perca sua validade.
A tentativa de votar ainda hoje a MP provocou um tumulto na Câmara. O primeiro secretário da Casa, Inocêncio Oliveira (PL-PE), e o líder do governo, Arlindo Chinaglia (PT-SP), chegaram a se empurrar.
A discussão começou quando Inocêncio disse que a MP que era do bem ficou "do mais ou menos, para não ser muito pessimista". "Poderia até dizer que ela ficou do mal", disse, acusando o governo de ter "um furor arrecadatório".
Chinaglia foi ao microfone defender a MP. "Quero que cada parlamentar, a começar pelo deputado Inocêncio Oliveira, venha à tribuna dizer que não é oportuno desonerar a cadeia produtiva do leite, não é oportuno parcelar débitos dos municípios, não é oportuno desonerar o setor de tecnologia", disse Chinaglia.
Inocêncio respondeu e a discussão seguiu em plenário. O presidente da Câmara, Aldo Rebelo (PCdoB-SP), tentou acalmar os dois parlamentares, mas ambos tiveram de ser separados por colegas.