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Seis mulheres mortas, 72 estupros e mulher "enjaulada" marca ano da Deam

Campo Grande News - 03 de janeiro de 2014 - 12:01

Estupros, violência doméstica, cárcere privado, agressões e mortes passionais. O número impressionante de 5.640 casos aponta o envolvimento de policiais da Deam (Delegacia Especializada de Atendimento à Mulher) em 2013, para a elucidação dos crimes na Capital. Já no início do ano, sem o conhecimento da imprensa, a Polícia colocou em liberdade uma mulher que estava “enjaulada” no bairro Nova Campo Grande.

“Foi algo impressionante, que demandou um trabalho árduo dos nossos policiais, até mesmo para trabalharem em sigilo. Na época, a mulher havia sido espancada e “enjaulada” porque denunciou o agressor e ele foi intimado a prestar depoimento. Assim que a Polícia chegou lá, encontrou-o naquela situação e ficamos sabendo que ele estava a caminho da delegacia”, afirma a delegada Rosely Molina, titular da unidade policial.

Houve então um “entrosamento” dos policiais, um para libertar a vítima e outro para correr e prender em flagrante o agressor. Este crime, assim como outros, foi descoberto graças a 86 denúncias anônimas realizadas este ano. “As ligações demandam investigações exaustivas, campana dos nossos policiais, mas são responsáveis por muitos dos nossos flagrantes e cumprimentos de mandado de prisão”, diz ao Campo Grande News a delegada.

Ao todo, são 90 boletins de ocorrências a mais do que em 2012, quando a Deam encerrou o ano com 5.550 procedimentos, sendo 2.805 destes relatados. Em 2013, são 3.022 inquéritos encaminhados ao Ministério Público, além de 839 procedimentos para continuidade, caso as vítimas queiram representar contra o agressor.

Estupros e mortes - A delegacia ainda finaliza o ano com o registro de 72 estupros, número 10% menor do que em 2012, quando 80 casos foram constatados. A estatística, no entanto, aumenta para 100% quando se fala em assassinatos de mulheres pelo companheiro. São três casos em 2012, com o dobro em 2013, fechando o ano com seis homicídios de mulheres.

“Estes últimos podemos dizer que é algo incontrolável, como o policial que enviou flores para a esposa de manhã, não tinha histórico de violência e a tarde matou a ex-mulher. Porém, existem casos que o homem já demonstra sinais de violência, então a vítima pode denunciar a opressão e se libertar desse medo”, finaliza a delegada.

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