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Secretário sugere que notícia sobre aftosa é manipulada

Fernanda Mathias/Campo Grande News - 08 de agosto de 2006 - 09:10

O secretário de Produção e Turismo e diretor-presidente da Iagro (Agência Estadual de Defesa Sanitária Animal e Vegetal), João Cavalléro, sugeriu esta manhã que as notícias sobre suspeita de foco de febre aftosa na região do chaco paraguaio podem estar sendo manipuladas por questões mercadológicas.

Em entrevista concedida ao programa Manhã Notícias, da TV Campo Grande, ele disse que é preciso descobrir “quem está por trás da informação”. Ele lembrou que a notícia começou a ser veiculada em um momento em que arroba bovina no Estado se recuperava, estava na casa dos R$ 56,00, mas que ontem chegou a cair a R$ 55,00, após a veiculação das informações pela mídia. O secretário ressaltou ainda que o Estado é o maior produtor de carne bovina do País e tem o rebanho de maior qualidade. “Não é uma questão de governo, mas de Estado”, observou. Hoje às 8 horas ele concederá entrevista coletiva, a pedido da Famasul (Federação da Agricultura de Mato Grosso do Sul), para esclarecer o assunto.

Segundo ele, desde a confirmação dos focos de febre aftosa no Conesul do Estado, em outubro do ano passado, foram adotadas medidas mais rigorosas de segurança, avaliando a caracterização de propriedades de risco e origem e destino de bovinos. Conforme reportagem do jornal Correio do Estado, quatro equipes formadas por técnicos da Iagro e policiais do DOF (Departamento de Operações na Fronteira) estão atuando na região de fronteira com o Paraguai para intensificar a fiscalização da movimentação de gado.

Veterinários do Senacsa (Serviço Nacional de Qualidade e Saúde Animal) negam que seja aftosa. Eles estiveram na propriedade e apontam que os indicativos são de uma doença conhecida como pietin, segundo o jornal ABC Color.

As notícias sobre o possível foco abalaram os negócios na bolsa em São Paulo, ontem. De manhã o preço do boi gordo negociado na BM&F para outubro chegou a recuar de R$ 60,23 a R$ 59,00. O boi de agosto de R$ 57,07 passou a R$ 56,01. Depois os preços se recuperaram novamente.

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