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Secretário manda diretora ao HU investigar boatos sobre ebola

Campo Grande News - 14 de outubro de 2014 - 16:13

Preocupado com boato de caso de suspeita de ebola em Mato Grosso do Sul, o secretário estadual de Saúde, Antonio Lastória, escalou a diretora-geral de Vigilância de Saúde, Bernardete Lewandowski, para ir ao HU (Hospital Universitário) investigar de onde partiu a especulação. O secretário, inclusive, admitiu punição a quem lançou a suspeita, classificada por ele como uma “insanidade”.

“A Bernadete está indo para o HU checar esse boato. Cabe até punição para quem começou essa especulação, que gera um pânico terrível”, disse o secretário, que, de Brasília, acompanha a repercussão do suposto boato. “Por causa dessa notícia, está uma loucura aqui”, completou.

Segundo Lastória, não há nenhuma suspeita de vítima de ebola em Mato Grosso do Sul. “É uma insanidade esse boato, ainda mais neste momento de pânico, após um caso suspeito em Cascavel (PR)”, comentou.

Ainda de acordo com o secretário, já chegou aos seus ouvidos três versões do boato. “Primeiro, cogitaram o caso de um nigeriano, que teria vindo à Capital para trabalhar na obra do Aquário do Pantanal, depois, informaram que a vítima seria um participante da Volta das Nações e, agora, você me diz que a suposta vítima seria um missionário de Serra Leoa. O fato é que se tratam de três notícias equivocadas”, garantiu.

Lastória ainda assegurou que, em caso de suspeita, existe protocolo rígido de ações a serem tomadas. “Isso inclui a divulgação e medidas para isolar o doente”, frisou. “E se realmente tivesse uma vítima suspeita aqui já estaria no Rio de Janeiro, porque, inclusive, há avião da FAB (Força Aérea Brasileira) só para transportar a pessoa”, explicou.

A doença - Ebola é uma doença causada por um vírus de mesmo nome e seu principal sintoma é a febre hemorrágica, que causa sangramentos em órgãos internos. O vírus é nativo da África, onde surtos esporádicos ocorrem ao longo de décadas.

É uma doença grave e muitas vezes fatal, com uma taxa de letalidade de até 90%, segundo dados da OMS (Organização Mundial de Saúde). O ebola é transmitido pelo contato direto com o sangue, fluidos corporais e tecidos de animais ou pessoas infectadas.

Pacientes gravemente doentes requerem tratamento de suporte intensivo. Durante um surto, aqueles com maior risco de infecção são os profissionais de saúde, familiares e outras pessoas em contato próximo com pessoas doentes e pacientes falecidos. Oficialmente, a doença já matou 4 mil pessoas no oeste da África.

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