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Secretária questiona pesquisa divulgada pelo Fantástico

Maristela Brunetto / Campo Grande News - 14 de junho de 2004 - 14:25

A secretária de Educação de Campo Grande, Maria Nilene Badeca da Costa, questionou esta manhã pesquisa divulgada ontem pelo Fantástico, da TV Globo, colocando alunos da cidade junto com o de João Pessoa como os piores em desempenho em um provão com questões de português e matemática. Segundo ela, não foram identificados em nenhuma das escolas da REME (Rede Municipal de Ensino) alunos que tenham participado da pesquisa.
Ela disse que irá entrar em contato com os responsáveis pela reportagem para pedir esclarecimentos. “Estou indignada. Como alguém solta uma notícia dessa a nível nacional, expondo o nome de Campo Grande, sendo que nossas escolas não foram avaliadas”, argumenta.
A pesquisa foi feita com 270 alunos, 10 em cada capital, método questionado pela secretária. “Temos 8 mil alunos na 4ª série e avaliar 10 crianças não retrata de forma alguma a realidade da rede municipal de Campo Grande, que é outra”.
Segundo Maria Nilene, a prefeitura faz avaliação anual dos alunos, com questões que testam o raciocínio lógico da criança. A pesquisa, que é realizada desde 1999, mostra as deficiências de cada um dos alunos e os resultados são remetidos de volta às escolas.
A última pesquisa, realizada em outubro do ano passado, foi aplicada em alunos da 1ª série do ensino fundamental e apontou um aumento de 17% em alfabetização, um percentual “bom”, segundo avalia a secretária.
Em relação aos alunos da 4ª séria do ensino fundamental, mesma escolaridade apontada na pesquisa do Fantástico, a avaliação no ano passado foi feita pelo Sistema de Avaliação do Ensino Básico do MEC, que ainda não divulgou o resultado. “Esse resultado (do MEC) é o que vale, que tem confiabilidade, representa o universo que vivemos, já que foram avaliados alunos de 16 escolas e não 10 pessoas. E estamos aguardando o resultado”.
Segundo a reportagem do Fantástico, feita com base em pesquisa elaborada pela UFRJ (Universidade Federal do Rio de Janeiro), mais da metade dos alunos não foi capaz de responder a questões que exigem raciocínio e 60% só conseguiram identificar informações mais simples.
Na prova de português, com textos curtos e de fácil compreensão, 28,1% dos estudantes erraram mais da metade da prova. Na de matemática, ninguém tirou 10; 3% tiraram 0 e 46,3% erraram mais da metade da prova.

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