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Sebrae anuncia vencedoras do prêmio Mulher Empreendedora

assessoria - 21 de fevereiro de 2005 - 10:23

Os relatos: “Grito de Liberdade”, de Jandira Gorete dos Santos Vieira, 42 anos, de Dourados; “Vendendo Desafios”, de Célia Guimarães de Oliveira, 33 anos, de Batayporã, e “Receita de Sucesso”, de Ivana Monte Lima Oliveira, 41 anos, de Campo Grande, foram os vencedores da etapa estadual do Prêmio Sebrae Mulher Empreendedora 2004.

O prêmio é promovido pelo Sebrae Nacional com apoio da Secretaria Especial de Políticas para as Mulheres e da Federação das Associações de Mulheres de Negócios e Profissionais do Brasil (BPW Brasil) em âmbito nacional, e tem o objetivo de identificar, selecionar e premiar os relatos de vida de mulheres empreendedoras que transformaram seus sonhos em realidade.

Segundo a consultora do Sebrae/MS, Edy Ponzini, como prêmio pela vitória na etapa estadual, as empreendedoras receberão um curso da entidade. Além disso, ela explica que as histórias foram classificadas para a fase regional, em que estarão disputando com os relatos de outras nove mulheres do Mato Grosso, Goiás e Distrito Federal, as três indicações do Centro-Oeste para a etapa nacional, na qual será escolhida uma representante de cada região do País.

Edy adianta que as três finalistas de cada região serão conhecidas no dia 28 de fevereiro. Cada uma delas receberá um troféu e um certificado. Já o anúncio das cinco vencedoras da fase nacional será feito no dia 8 de março. As campeãs serão premiadas cada uma com uma viagem de dez dias a um centro de referência mundial de empreendedorismo.

As campeãs estaduais – Os relatos das três empreendedoras escolhidas em Mato Grosso do Sul são mais do que histórias de sucesso, são depoimentos de superação e determinação.

Jandira, por exemplo, trabalhou como doméstica na juventude. Fez supletivo do ensino fundamental, magistério e chegou a faculdade, fazendo o curso de Letras na Universidade Federal de Mato Grosso do Sul (UFMS). Por necessidade, começou a vender lingerie e descobriu que fabricar as peças poderia ser mais lucrativo do que apenas vendê-las, buscou orientação do Sebrae/MS e do Senai. Comprou máquinas usadas, e passou a fabricar às lingeries em casa. Fazendo produtos diferenciados a atividade cresceu. Hoje, ela mantém uma fábrica e duas lojas em Dourados, empregando 32 pessoas. A produção conquistou mercado e agora é exportada para os EUA, Espanha e Portugal.

“É ótimo, ter sua história escolhida. Espero que sirva de incentivo para outras mulheres, que elas tenham vontade de empreender, de participar e que gostem do desafio. Isso fez a diferença para mim, eu queria ser empresária, ter meu próprio negócio, queria uma profissão que não me limitasse, queria criar, gerenciar e por minhas idéias em prática, ter desafios constantes, pois acreditava muito no meu potencial”, comentou.

Já Célia, vinda de uma família de sete irmãos também teve uma infância muito pobre. O pai carroceiro mal conseguia o suficiente para dar de comer a todos. Para ajudar no sustento da casa ela começou a vender ossos de animais, ferro velho e alumínio. Depois trabalhou no campo, na colheita de algodão, feijão, e milho. Ainda na adolescência começou a vender cerâmicas e produtos de limpeza, depois se casou e, junto com o marido, passou a comercializar roupas no “sistema porta a porta”, até conseguirem abrir a primeira loja na periferia da cidade. O empreendimento prosperou, e foi construída uma sede própria, no centro de Batayporã. Após participar de uma palestra do Sebrae/MS na cidade, identificou uma carência no município, e abriu uma segunda loja, de aviamentos. Atualmente emprega sete funcionários.

“Fiquei muito feliz pela minha história ter sido escolhida uma das campeãs do Estado. Isso demonstra que na seleção dos relatos o Sebrae/MS e os outros organizadores levaram em conta mais do que o tamanho das empresas, o esforço, a dedicação e o envolvimento das empreendedoras”, relatou.

Em contrapartida, Ivana, saiu há cerca de 14 anos da sociedade de um restaurante para ser sócia de uma padaria, sem nenhum tipo de conhecimento prévio do segmento. Ela entraria com o ponto comercial e o know-how para o empreendimento, que foi buscar em Minas Gerais, na franquia Pão&Cia. No entanto, na hora de abrir a empresa o outro sócio desistiu, mesmo assim decidiu seguir em frente. Com orientação do Sebrae/MS obteve um empréstimo do Banco do Brasil. Aproveitando a localização da panificadora em dos bairros mais nobres de Campo Grande passou a comercializar além de pães, tortas, doces e salgados, produtos importados, transformando seu estabelecimento também em uma conveniência.

Entretanto, para superar o momento de instabilidade que o País vivia a empresa teve que mudar. Popularizou a linha de produtos e incrementou um trabalho de marketing. Como resultado cresceu, diversificou sua clientela e se consolidou no mercado com uma das principais panificadoras de Campo Grande, empregando atualmente 56 pessoas.

“Acho que o meu relato pode ser muito interessante e bastante útil para empreendedoras porque mostra como nós conseguimos superar o momento difícil que a empresa atravessava renovando o empreendimento, aplicando novos conceitos, investindo no marketing, na criação de novos produtos e na valorização da equipe de funcionários”, avaliou.

Em Mato Grosso do Sul nove empreendedoras inscreveram seus relatos para participarem do prêmio, em todo o País cerca de 700 histórias de mulheres de negócios foram inscritas.



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