Inchaço, cólicas, aumento do apetite, irritação. Esses são alguns dos mais de 20 sintomas que caracterizam a síndrome que atormenta 70% das mulheres todos os meses: a Tensão Pré-Menstrual. Mais conhecido como TPM, o problema pode durar até 15 dias. Ele tende a se intensificar a partir dos 35 anos até a menopausa, quando acontece uma disfunção hormonal. Parece difícil evitar tanto incômodo, mas, na realidade, hábitos simples e saudáveis podem dar fim ao problema. É o que explica a ginecologista Salete Rios.

"Inicialmente, a gente pede que ela faça exercício, que ela diminua bebidas como café, refrigerante à base de cola, o álcool porque eles aumentam a irritabilidade, a insônia. A gente pede para ela evitar a carne vermelha, a agente pede para evitar o sal porque vai reter líquido, vai aumentar a irritabilidade, vai dar inchaço da mama, vai dar edema do abdome. E ela deve ingerir alimentos ricos em cálcio e em ômega 3."

Uma grave manifestação que atinge 8% das vítimas da TPM é a disforia pré-menstrual. Com ele, a mulher tende a sofrer de crises de irritabilidade, depressão, ansiedade e, se não forem tomadas providências, ela pode até comprometer seus relacionamentos pessoais e profissionais. A ginecologista e técnica da Área Técnica de Saúde da Mulher do Ministério da Saúde, Giani Cezimbra, explica como a disforia pode ser tratada.


"A disforia tem vários tratamentos que incluem essas medidas de mudanças de hábitos de vida, mas, normalmente, são necessários medicamentos de uso controlado como ansiolíticos e antidepressivos com supervião médica."

Um forte aliado no combate à TPM é o anticoncepcional, que é recomendado apenas para aquelas que já usam o medicamento com o objetivo de evitar a gravidez. Além disso, algumas terapias alternativas como a acupuntura, a fitoterapia e a homeopatia são eficazes e podem ser encontradas gratuitamente no Sistema Único de Saúde.

De Brasília, Eline Santos