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Saúde investiga se reação a vacina causou morte de homem

Marta Ferreira/Campo Grande News - 25 de janeiro de 2008 - 18:36

O empresário Nelson Machado Ribeiro, de 44 anos, que morreu ontem no Hospital Universitário de Campo Grande, depois de vir transferido de Maracaju na segunda-feira (21 de janeiro), havia tomado a vacina contra a febre amarela dois dias antes de adoecer, na semana passada. A informação foi dada aos médicos do HU pelo próprio paciente, quando Ribeiro já estava em um leito de terapia intensiva do hospital. A causa da morte dele está sendo investigada e um quadro de reação à vacina não está descartado, como afirmou ao Campo Grande News o superintendente de Vigilância em Saúde do Estado, o médico Eugênio de Barros.

Foram pedidos exames para febre amarela, hebapite, leptospire e ainda foi feita uma biópsia, que pode indicar outras enfermidades que atacam o sistema hepático, entre elas a cirrose. O resultado da sorologia para febre amarela deve sair na segunda-feira, do Lacen (Laboratório Central) de Campo Grande. Quanto aos outros exames, o prazo é maior, de 15 dias, informou Barros.

Quando à investigação sobre uma eventual resposta negativa à vacina de febre amarela, o médico explicou que será feita uma varredura no histórico do paciente. Segundo ele, a família já foi indagada sobre as datas em que Ribeiro tomou doses da vacina, mas desconhecia, inclusive sobre a mais recente, informada por ele no hospital.

No Brasil, existe um caso relacionado, em 1996 em Belo Horizonte (MG), em que os médicos apontam a causa da morte como a reação negativa ao medicamento para proteger da doença. Normalmente, o mais comum é ter uma dor forte no local da injeção, ou ainda febre leve e sintomas parecidos com o de um resfriado, que passam rápido.

Perigo - Reações adversas à vacina constumam ocorrer quando as doses são tomadas em intervalo de tempo menor do que o recomenado pelos médicos. A dose vale por dez anos, mas diante das notícias recentes de casos da doença no País, com dez mortes já registradas só este ano, a procura pelos postos de vacinação, teve um aumento gigantesco.

Só em Mato Grosso do Sul, desde que os casos começaram a ser registrados, já foram 500 mil doses da vacina, informou Barros. Segundo ele, ontem foram recebidas mais cem mil doses, já distribuídas ao interior.

O médico reforçou que não existe necessidade para pânico. Segundo ele, não há casos confirmados de moradores sul-mato-grossenses que tenham contraído a doença. Há dois casos confirmados em que a contaminação pode ter ocorrido no Estado, em Bonito, de turistas vindos de fora, mas que passaram também por outras regiões. Um terceiro caso, também de um viajante que passou pelo Estado, está sob investigação pelo Ministério da Saúde.

O caso do empresário de Maracaju ainda não consta entre as suspeitas do Ministério. A assessoria de imprensa do órgão informou que hoje há cinco casos em investigação, dois de morte, ambas em Goiás.


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