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Satélite inaugurará nova era de previsão meteorológica

16 de outubro de 2006 - 13:51

Está previsto para terça-feira, depois de três adiamentos por problemas técnicos, o lançamento de um satélite europeu que deve fornecer dados bem mais precisos sobre padrões climáticos e sobre os gases-estufa.

Um foguete russo Soyuz deve ser lançado do Cosmódromo de Baikonur, no Cazaquistão, às 13h28 (horário de Brasília) de terça-feira, carregando o MetOp, o primeiro de uma série de três novos satélites meteorológicos europeus.

O satélite vai entrar em órbita polar em torno da Terra. Ele circulará o planeta a cada uma hora e meia, 40 vezes por dia, coletando imagens meteorológicas e dados atmosféricos.

"O satélite europeu vai atuar em conjunto com um satélite norte-americano, e juntos os dois proporcionarão uma cobertura muito boa", disse Nicola Gebers, porta-voz da Agência Espacial Européia em Darmstadt.

O MetOp, que pesa cerca de 4 toneladas, o equivalente a três automóveis de passeio médios, ficará 900 km acima da Terra, uma distância significativamente menor que a do Meteosat, que está a uma órbita geoestacionária cerca de 36 mil km acima da linha do Equador. Lançado nos anos 1970, o Meteosat cobre o clima principalmente da África e da Europa.

"Além de estar mais próximo, o MetOp proporcionará também cobertura completa", disse Gebers. Ela explicou que a órbita do satélite permite que ele cubra melhor o globo e especialmente as regiões polares. "Em termos de previsão meteorológica, será mais preciso."

O foguete que lançará o MetOp já havia sido posicionado para o lançamento de terça-feira. O satélite será entregue à operadora Eumetsat, com sede em Darmstadt, três dias depois de entrar em órbita.

O MetOp tem cerca de 6,5 metros de altura e carrega instrumentos europeus e norte-americanos projetados para registrar a pressão atmosférica, a temperatura e os níveis de umidade, a formação das nuvens e os padrões de vento, além das concentrações de ozônio e metano.

Quando estiver funcionando, o satélite será chamado de MetOp A. Ele faz parte de um projeto de 2,4 bilhões de euros, que inclui mais dois satélites, o MetOp B e o MetOp C, que serão lançados daqui a cinco e dez anos, respectivamente.

Houve três tentativas de lançar o MetOp em julho, mas elas foram frustradas por problemas técnicos.

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