Questionado ontem sobre o discurso em que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva, ao inaugurar o novo aeroporto de Campina Grande (PB), fez duras críticas a seus antecessores no Executivo, o presidente do Senado, José Sarney, disse que não se sentiu atingido pelas censuras do chefe do Executivo.

- Eu não ponho a carapuça. Para mim, na cabeça do presidente, não estava o meu nome. Não era para mim - disse o presidente do Senado, ao ser cercado por jornalistas, quando chegava ao Congresso.

Sem citar nomes, Lula disse, em Campina Grande, que “os ex-presidentes foram covardes e não tiveram coragem de fazer o que precisava ser feito pelo país”. Também disse que a seca é um fenômeno da natureza, mas que “a fome causada por ela é falta de vergonha dos homens, que deveriam ter acabado com esse mal”.

No mesmo discurso, de acordo com a Agência Globo, Lula defendeu as reformas previdenciária e tributária, assegurando que fará as mudanças que forem necessárias para melhorar o Brasil.