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São Zeferino

Redação - 04 de maio de 2019 - 09:00

São Zeferino nasceu no dia 26 de agosto de 1861, em Fraga, Província de Huesca, Espanha, com o nome de Zeferino Giménez. Filho de pais ciganos, e conhecido entre os ciganos pelo apelido de “El Pelé”. No início de sua vida se dedicou à venda ambulante de cestos que ele próprio fabricava. Ainda jovem casou-se, segundo as leis ciganas, com Teresa Giménez Castro, indo morar em Barbastro. Não teve filhos, porém, adotou uma sobrinha da esposa. Em 1912 regularizou sua união matrimonial segundo o rito católico. Demonstrando grande inclinação para o comércio, tornou-se um conceituado e próspero negociante, chegando a alcançar uma boa posição social e econômica, fato que ele aproveitava para socorrer os mais necessitados. Era um homem piedoso e um modelo de cristão. Dedicou-se com afinco à catequese das crianças e, apesar de não saber ler nem escrever, conhecia muitas passagens da Sagrada Escritura, com as quais ilustrava suas aulas. Alvo da inveja de alguns, foi caluniado e injustamente acusado de roubo. Dele, disse o advogado que o defendeu e provou sua inocência: “El Pelé não é um ladrão. É um santo padroeiro dos ciganos”. No final de julho de 1936, por ocasião da guerra civil espanhola, ele tomou publicamente a defesa de um sacerdote que estava sendo arrastado pelas ruas de Basbastro para ser levado à prisão. Por esse motivo foi preso e, na madrugada do dia oito de agosto, foi fuzilado. Morreu com um rosário na mão. “Viva Cristo Rei’, foram suas últimas palavras. São Zeferino foi beatificado pelo Papa João Paulo II no dia quatro de maio de 1977.

Vivemos hoje num mundo onde os pobres são desprezados e humilhados, onde a vida humana parece não ter o mínimo valor, onde é gritante o desrespeito às crenças individuais e aos direitos das minorias. Para esse mundo, São Zeferino, um cigano que nunca se envergonhou de pertencer a um grupo social desprezado pela sociedade e que não fez de sua condição de analfabeto um empecilho para anunciar Jesus, nos oferece algumas reflexões: é importante que não nos fechemos em nossas crenças e costumes, mas nos abramos para a verdade e coloquemos os valores fundamentais da caridade e da solidariedade acima da própria vida. Mas é igualmente importante que, como São Zeferino, estejamos sempre a serviço dos carentes e sofredores, porque assumir a causa do irmão que sofre é assumir a causa do Deus que, em Jesus Cristo, sofreu e morreu por nós.

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