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São Turíbio

Redação - 23 de março de 2019 - 09:00

São Turíbio Alfonso de Mongrovejo nasceu em Maiorca, Espanha, no ano 1538 e pertencia à nobre família de Leão. Estudou em centros famosos da época e formou-se em Direito. Ensinava Direito na universidade de Salamanca, quando foi indicado para presidir o Tribunal de Inquisição em Granada. Em 1581, o Papa Gregório XIII nomeou-o arcebispo de Lima, no Peru. Sua diocese era tão grande que ultrapassava as fronteiras do país e alcançava outras cidades da América Latina, como Assunção, Caracas e Bogotá. São Turíbio era um homem paciente, hábil e dono de uma coragem indomável. Defensor enérgico do Direito e da Justiça, colocou-se ao lado dos indígenas explorados e maltratados pelos colonizadores que avidamente buscavam ouro. Ele assumiu como sua a causa dos índios, protegendo-os e protegendo sua cultura. Procurou despertar neles a consciência de sua dignidade de seres humanos e obrigou o clero a instrui-los. Era visto pelos índios e oprimidos como a própria encarnação da bondade e da caridade. Era extremamente organizado. No Peru, que no século XVI era colônia da Espanha, São Turíbio organizou as comunidades de sua imensa diocese, realizou assembléias, construiu escolas e igrejas e fundou em Lima o primeiro seminário da América Espanhola. Suas atitudes desgostaram as autoridades civis que muito o perseguiram. Perto de morrer fez questão de receber o viático em uma capelinha indígena. Morreu numa quinta-feira santa, no dia 23 de março de 1606. Seu último gesto foi dar a roupa que tinha no corpo aos pobres que o serviam. São Turíbio foi canonizado em 1726. É conhecido como o “apóstolo do Peru”.

Para o nosso hoje em que a improvisação e o amadorismo são uma constante em muitas atividades evangelizadoras; em as culturas ainda são desrespeitadas e as minorias discriminadas, São Turíbio, que mudou e marcou profundamente o continente latino americano com a semente do evangelho, nos traz uma mensagem: é essencial que o missionário tenha, como ele, os mesmos sentimentos de amor aos oprimidos, o mesmo respeito às diversas culturas, a mesma certeza da presença da semente do Verbo em todos os corações, inclusive nos daqueles que classificamos de incultos e selvagens. Mas é preciso que os missionários dêem um passo a mais. Se o próprio Deus que, mesmo sendo a Inteligência Suprema, o Criador e Organizador de tudo que existe, criou um plano para redimir e salvar a humanidade, também os missionários, para anunciar o Reino de Deus precisam organizar-se, preparar-se e traçar projetos e metas de ação.

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