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São Silvestre

Redação - 31 de dezembro de 2018 - 09:00

São Silvestre nasceu em Roma e governou a Igreja de 314 a 335. Foi por essa época, e após a conversão de Constantino, que foi proclamado o Edito de Milão que concedeu plena liberdade de culto aos cristãos e encerrou a era de perseguição declarada à Igreja. Com o Edito de Milão, não apenas os cristãos puderam professar abertamente sua fé, como o próprio imperador tomou a iniciativa de construir as primeiras basílicas, a fim de que o povo se reunisse para celebrar a fé por ocasião das grandes solenidades. Esse, contudo, não foi um período totalmente tranqüilo para a Igreja, pois se por um lado Constantino abria as portas do mundo para a Igreja, por outro lado dificultava sua caminhada, na medida em que não renunciou ao título de “Pontífice Máximo”, e passou a atrelar os problemas eclesiais aos problemas do Estado. Durante o pontificado de São Silvestre aconteceram três concílios da maior importância. O primeiro em 314, em Ales, quando os bispos reunidos declararam que a validade dos sacramentos não dependia da fé ou da virtude dos ministros que os conferiam. O segundo, no mesmo ano, em Ancira, atual Ancara, onde os bispos do Oriente resolveram admitir à comunhão todos os pecadores arrependidos, por maiores que tivessem sido as suas culpas. O terceiro Concílio foi o de Nicéia, convocado por Constantino, realizado em 325. O Papa Silvestre, já avançado em idade não pôde comparecer e enviou para representá-lo, o bispo Ósio de Córdoba, acompanhado de dois sacerdotes. Nesse Concílio, o arianismo, heresia que negava a natureza divina de Jesus, foi condenado e foi proclamado que Jesus era verdadeiro homem e verdadeiro Deus. Foi durante o Papado de São Silvestre que Constantino autorizou a construção das basílicas de São Pedro, de São Paulo e de São João de Latrão, doando o Palácio Lateranense para morada dos Papas. São Silvestre morreu em 335 e foi um dos primeiros santos não mártires a serem cultuados pela Igreja.

Hoje, não apenas São Silvestre, mas todos os santos canonizados, mencionados ao longo deste ano e todos os santos anônimos que não tiveram seus nomes inscritos no Livro da Igreja, mas estão inscritos no coração de Deus, nos lembram que fomos criados para a santidade. Mas ser santo não depende de nós. Nós contribuímos com nosso ‘sim’, com nossa adesão ao projeto de Jesus, que é de vida plena para todos, mas só Deus pode nos tornar santos, já que ele é o Único Santo e Autor da Santidade.

VIANNA, Zélia (2005). Santidade Ontem e Hoje. Salvador: Paróquia de São Pedro

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