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São Sérgio

Redação - 24 de fevereiro de 2019 - 09:00

 Há vários santos com o nome de Sérgio. Um deles nasceu no ano 1314, numa nobre família da região de Rostov, na Rússia. A difusão do nome Sérgio na Rússia, nos países eslavos e até no Ocidente, se deve a esse santo que morreu no dia 25 de novembro de 1392, considerado o reformador da vida monástica e pai do monaquismo na Rússia. Mas o São Sérgio que celebramos hoje nasceu em Cesaréia da Capadócia e viveu no tempo dos imperadores Diocleciano e Maximiniano. Ele era um bem sucedido magistrado na administração imperial. Convertido ao cristianismo, batizou-se e passou a freqüentar as assembléias dos cristãos que se reuniam nas catacumbas. Após muita reflexão, decidiu abandonar definitivamente o emprego e assumir a vida monástica, indo para o deserto onde levou uma vida de oração, penitência e sacrifício. Quando a perseguição de Diocleciano atingiu o auge, ele foi para a cidade de Cesaréia, cidade onde os pagãos prestavam culto a seus deuses e onde estavam sendo realizadas as celebrações anuais em honra de Júpiter. Um sacerdote pagão incitou o povo contra os cristãos, dizendo que os deuses estavam zangados e que, para aplacar a ira deles, era preciso que os seguidores de religiões diferentes fossem eliminados. Sérgio saiu do meio da multidão, passou a anunciar o Orientes de Jesus, questionando as palavras do sacerdote, reprovando o culto a Júpiter, enfrentando os pagãos, e dizendo-lhes que o deus deles era impotente e que eles deviam adorar o Deus onipotente dos cristãos. Foi preso pelos soldados, conduzido à presença do governador que imediata e sumariamente o condenou à morte. Ele teve a cabeça cortada no dia 24 de fevereiro. Cristãos recolheram seu corpo e uma piedosa senhora sepultou-o em sua própria casa, sendo mais tarde transportado para a Espanha.

Hoje como no passado, a sociedade continua impondo seus ídolos e, entre estes, e talvez mais cultuados que os deuses dos romanos, estão os ídolos que respondem pelos nomes de Dinheiro, Prazer e Poder. São ídolos mais desumanos e mais cruéis que Júpiter, porque enquanto aquele pedia a cabeça dos que se recusavam a servi-lo, os de nosso tempo pedem nossa dignidade, nos coisificam, metalizam nossas mãos, endurecem nossas juntas e petrificam nossos corações. E pior do que a morte física é a morte do espírito, é perder a dignidade, é viver afastado de Deus, que é a razão de nossa própria vida.

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