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São Serapião

Redação - 14 de novembro de 2018 - 09:00

São Serapião nasceu no século II. Após muitos anos de sangrentas perseguições, o segundo século do cristianismo terminou com uma certa tranquilidade, já que até então os cristãos só eram perseguidos se fossem denunciados como tais. Contudo, precisamente no início do século III, Sétimo Severo, que a princípio mostrou-se tolerante, voltou a combater o cristianismo e, decidido a impedir sua expansão, proibiu o batismo. Esse decreto prejudicou a caminhada do cristianismo e abalou sensivelmente as escolas catequéticas, algumas delas muito bem organizadas e já célebres, como a de Alexandria. Foi exatamente aí na cidade de Alexandria, no Egito, no período de maior tranquilidade para os cristãos do vasto império romano, que se verificou um breve, mas forte foco de intolerância e perseguição aos cristãos, em consequência das provocações arquitetadas por Fábio, que era bispo de Antioquia, e as quem o bispo Dionísio se refere como “adivinho maligno e mau poeta”. Em consequência desse movimento muitos cristãos foram presos, flagelados e apedrejados. Entre outros acontecimentos, o bispo Dionísio narra que os perseguidores submeteram uma virgem chamada Apolônia a desumanas sevícias e depois a queimaram viva. São Serapião, foi outra vítima. Prenderam-no, aplicaram-lhe inúmeros tormentos, quebraram-lhe as juntas dos membros e depois jogaram-no com a cabeça para baixo, de cima de um quarto situado no alto de uma casa. O culto a São Serapião floresceu quando Floro, a partir de dados colhidos no livro “A História Eclesiástica”, do renomado historiador Eusébio de Cesaréia, introduziu no seu Martirológio todos os mártires de Alexandria, Posteriormente o cardeal colocou o nome de São Serapião no Martirológio Romano.

No passado muitos foram perseguidos e tiveram suas vidas ceifadas pelo simples fato de serem cristãos. Hoje, embora a Constituição garanta a liberdade de culto, continua não sendo fácil viver a fé cristã numa sociedade como a nossa, onde os poderosos meios de comunicação oferecem cenas de hedonismo e violência e aplaudem a dissolução da família, onde o lucro vale mais que o trabalho e o trabalho mais que o trabalhador. Não é fácil viver a proposta do Evangelho num mundo onde são gritantes as situações de injustiça, corrupção e impunidade e a vida não é o valor supremo. Mas renunciar a lutar contra esses inimigos é renunciar a ser discípulo de Jesus, é renunciar ao cristianismo.

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