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São Sabas

Redação - 05 de dezembro de 2018 - 09:00

São Sabas nasceu no ano 439, em Mutalasca, perto de Cesaréia da Capadócia, atual Turquia. Passou alguns anos num mosteiro existente em sua cidade e, em 457, foi para o mosteiro de Passarião, em Jerusalém. Achando que o tipo de vida que levava, não correspondia ao seu desejo de total e absoluta solidão, pediu e obteve permissão para ir viver numa gruta, afastado de tudo, porém com o compromisso de voltar ao mosteiro aos sábados e domingos para o encontro com a comunidade. Depois de cinco anos fixou-se no vale de Cedron, numa gruta praticamente inacessível onde só se chegava, através de uma escada de cordas. Tudo faz crer que foi exatamente essa escadinha de cordas que revelou seu esconderijo. Não demorou muito e outros monges, igualmente desejosos dessa experiência de vida, passaram a habitar em grutas semelhantes existentes na região. Foi assim, no vale do Cedron, às portas de Jerusalém, que nasceu a “Grande Laura”, um dos mais originais mosteiros da antigüidade cristã. Com autoridade e muita paciência, São Sabas governou aquela crescente comunidade de monges, organizando-a segundo as regras da vida monacal fixadas 100 anos antes por São Pacômio. Para que sua autoridade como abade tivesse um ponto de referência na autoridade do bispo, o Patriarca de Jerusalém ordenou-o sacerdote. Apesar de sua preferência pela vida de solidão, São Sabas cumpriu suas funções sacerdotais com desvelo, fundou mosteiros e tomou parte ativa na luta contra o monofisismo, heresia que afirmava que em Cristo só havia a natureza divina. Sensível ao sofrimento dos menos favorecidos, São Sabas interveio junto ao imperador do Oriente em favor do povo palestino e, em especial em favor dos pequenos comerciantes que viviam oprimidos por pesados impostos. Quando ele morreu, em cinco de dezembro de 532, toda a região quis honrá-lo com esplêndidos funerais. Em Roma, monges gregos dedicaram a ele um mosteiro e uma basílica.

Hoje São Sabas, que soube tão bem unir fé e vida, contemplação e ação, nos lembra que é na oração e no contato diário e pessoal com Deus, que vamos buscar discernimento para enxergar as dificuldades e necessidades do povo simples, assim como coragem para denunciar e lutar contra os interesses daqueles que querem manter seus privilégios à custa de impostos altos e injustos, à custa da dor e do sofrimento dos menos favorecidos.

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