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Geral

São Rodrigo, São Salomão e Santo Eulógio

Redação - 13 de março de 2019 - 09:00

São Rodrigo, São Salomão e Santo Eulógio são os nomes de três mártires que morreram no ano 857 e ficaram conhecidos como “Os mártires de Córdoba”. No ano 771, os árabes invadiram e tomaram dos visigodos a cidade de Córdoba que, somente no ano 1236, foi reconquistada por Fernando III de Castela. Os muçulmanos não usaram de demasiada intransigência para com os cristãos, mas proibiram que eles confessassem publicamente sua fé. Como para os cristãos mais sensíveis, essa proibição equivalia a uma verdadeira escravidão, não tardaram a explodir focos de desobediência, que eram reprimidos com perseguições esporádicas. Eulógio, Rodrigo e Salomão foram três vítimas de uma dessas esporádicas perseguições. De Salomão sabe-se apenas que ele foi preso juntamente com Rodrigo e sofreu o martírio no dia 13 de março de 857. Rodrigo era um sacerdote que tinha dois irmãos, um católico e um muçulmano que, por causa da diversidade de religião, viviam em constantes litígios. Certo dia Rodrigo tentou apartar uma briga entre os dois e terminou apanhando dos irmãos. Enquanto se encontrava desacordado por causa da surra que havia levado, o irmão muçulmano colocou-o num carro e saiu com ele pelas ruas de Córdoba, bradando que ele havia abraçado a fé islâmica. Depois de recuperar o sentido, Rodrigo negou a afirmação do irmão muçulmano e continuou exercendo seu ministério na Igreja católica. Mas os muçulmanos, julgando-o um traidor do islamismo, decidiram matá-lo. Santo Eulógio também era sacerdote. Inconformado com aquilo que ele chamava de passividade dos cristãos, ele escrevia e falava abertamente contra o Corão, e isso provocou também a ira dos muçulmanos. Foi preso uma primeira vez e a seguir foi libertado. Foi nomeado bispo de Toledo, mas nem chegou a ser sagrado, porque foi decapitado no dia 11 de março de 859.

Hoje como no passado, muitos são os que ainda continuam segregando, discriminando e odiando em nome de Deus, como se Javé, Alá, Jesus Cristo não pregassem a paz, mas a guerra. Para todos, e em especial para os que usam o nome de Deus para disseminar ódios e disputas, nada mais apropriado que ler a carta de São Paulo aos gálatas, atualíssima, apesar de escrita há 20 séculos: “Não há judeu, nem grego, nem escravo, nem homem nem mulher, pois todos são um em Cristo”.

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